Preços do açúcar caem para as mínimas de 4 anos
Os preços do açúcar prolongaram nesta quarta-feira (18) sua tendência de queda iniciada há três meses, atingindo os níveis mais baixos dos últimos quatro anos. A perspectiva de melhora na oferta global continua pressionando as cotações, refletindo as expectativas de safras robustas nos principais países produtores. Em Nova Iorque, o contrato julho/25 é negociado a 15.94 cents de dólar por libra-peso, com recuo de 0,87%, enquanto o contrato outubro/25 caiu 0,85%, sendo cotado a 16.37 cents. Já em Londres, os contratos registraram recuperação, com o vencimento de agosto subindo 1,10%, para US$ 470,40 por tonelada, impulsionado pela cobertura de posições vendidas por fundos.
O sentimento é de que as vendas antecipadas foram suficientes para cobrir a demanda global imediata e compradores agora reduzem a necessidade de novas aquisições no curto prazo. A maior oferta esperada, com os principais países produtores indicando alta produtividade, também tem contribuído para a pressão baixista.
No Brasil, a moagem avança com força. Na segunda quinzena de maio, as unidades do Centro-Sul processaram 47,84 milhões de toneladas de cana, superando as 45,36 milhões do mesmo período da safra 2024/25. No acumulado da temporada 2025/26 até o final de maio, foram moídas 124,77 milhões de toneladas, frente a 141,54 milhões no mesmo intervalo do ciclo anterior — uma retração de 11,85%.
O cenário internacional também segue influenciado por tensões geopolíticas. O conflito entre Israel e Irã impacta diretamente o mercado de energia, com forte alta nos preços do petróleo. Em teoria, isso poderia favorecer o etanol, estimulando as usinas brasileiras a direcionar parte da cana para a produção do biocombustível.
Contudo, na análise de paridade, o etanol ainda segue em desvantagem frente ao açúcar. Mesmo com o adoçante sendo cotado abaixo dos 16 c/lb, o açúcar continua pagando um prêmio em relação ao etanol hidratado, especialmente no estado de São Paulo. Em outras regiões, há maior aproximação entre os preços, mas não se espera uma mudança significativa no mix de produção. Isso porque boa parte dos exportadores já está protegida por contratos firmados acima dos níveis atuais do mercado, limitando a flexibilidade de ajuste nas usinas.
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