Açúcar tem recuperação em NY após corte na estimativa de produção da Conab
Os preços do açúcar fecharam em alta moderada nesta terça-feira (26) na bolsa de Nova Iorque, revertendo parte das perdas da sessão anterior. Em Londres, após o feriado da véspera, as cotações registraram variações mistas, próximas da estabilidade.
Na ICE Futures, o outubro/25 avançou 0,01 cent (+0,06%), cotado a 16,41 cents/lbp. O março/26 ganhou 0,02 cent (+0,12%), fechando a 17,11 cents/lbp. O maio/26 subiu 0,01 cent (+0,06%), a 16,81 cents/lbp, enquanto o julho/26 também registrou alta de 0,01 cent (+0,06%), terminando em 16,68 cents/lbp.
Em Londres, o outubro/25 valorizou US$ 1,40 (+0,29%), a US$ 488,10 por tonelada. O dezembro/25 permaneceu estável em US$ 478,40 por tonelada. Já o março/26 recuou US$ 1,70 (-0,36%), negociado a US$ 475,80 por tonelada, enquanto o maio/26 perdeu US$ 2,00 (-0,42%), fechando a US$ 474,50 por tonelada.
Segundo análise do Barchart, a recuperação em Nova Iorque foi impulsionada pelo corte na projeção de safra feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Os preços do açúcar se recuperaram das perdas iniciais hoje e subiram depois que a Conab, agência de previsão de safra do governo brasileiro, cortou sua estimativa de produção do Brasil para 2025/26”, destacou.
A Conab reduziu em 3,1% sua estimativa de produção de açúcar no Brasil para a temporada 2025/26, passando para 44,5 milhões de toneladas, contra 45,9 milhões previstas em abril. Para o Centro-Sul, a projeção caiu de 41,8 milhões para 40,6 milhões de toneladas, redução de 2,8%.
Apesar do ajuste, a produção total ainda deve superar em 0,8% a da safra anterior. Isso porque as usinas tendem a privilegiar o açúcar em detrimento do etanol, mesmo com a queda de 1,2% esperada na safra de cana no Brasil e de 1,4% no Centro-Sul.
“Mesmo com uma menor colheita de cana no atual ciclo, o volume produzido de adoçante pode ser o segundo maior na série histórica caso o resultado se confirme, atrás apenas da temporada 2023/24 quando foram produzidos 45,68 milhões de toneladas de açúcar”, apontou relatório da Companha.