Açúcar recua com maior produção no Brasil, mas Centro-Sul tem queda na produtividade
Os contratos do açúcar iniciam em baixa nesta quinta-feira (18). Em Nova Iorque, o outubro/25 cai 0,64%, cotado a 15,44 cents de dólar por libra-peso, e o março/26 recua 0,74%, a 16,15 cents. Em Londres, o açúcar branco para dezembro/25 trabalha em US$ 454,10 por tonelada, queda de 1,09%.
A pressão vem do aumento da produção no Brasil. Segundo a Unica, na segunda quinzena de agosto a moagem no Centro-Sul somou 50,06 milhões de toneladas de cana, alta de 10,68% frente ao mesmo período da safra passada. No acumulado da temporada 2025/26, entretanto, o volume segue 4,78% abaixo, totalizando 403,94 milhões de toneladas.
A qualidade da matéria-prima também preocupa, já que o ATR médio caiu 3,87% na quinzena, para 149,79 kg/t, e acumula retração de 4,16% na safra. Dados do CTC mostram queda de 8% na tonelada de cana por hectare, reduzindo em 12% a tonelada de açúcar por hectare, com impacto generalizado nos estados produtores.
Na segunda metade de agosto, a produção de açúcar foi de 3,87 milhões de toneladas, acumulando 26,76 milhões de toneladas no ciclo (-1,92%). Já o etanol somou 2,42 bilhões de litros no período, com alta de 8,34% no anidro e queda de 7,61% no hidratado. No acumulado, o biocombustível soma 18,48 bilhões de litros (-10,05%), com destaque para o avanço de 19,81% na produção de etanol de milho.
As vendas de etanol em agosto alcançaram 2,93 bilhões de litros, mas o hidratado recuou 10,36% em relação ao ano passado, enquanto o anidro avançou 1,73%. Desde o início da safra, a comercialização totaliza 14,41 bilhões de litros (-3,38%).