Mercado do açúcar abre em leve alta nesta quarta-feira (24)

Publicado em 24/09/2025 09:11 e atualizado em 24/09/2025 10:12
StoneX divulgou revisão de suas projeções, prevendo superávit global de 2,8 milhões de toneladas na safra 2025/26

O mercado de açúcar abriu esta quarta-feira (24) em leve alta, com o contrato outubro/25 negociado em 15,66 cents de dólar por libra-peso, sem variação, enquanto o março/26 avançava 0,25%, a 16,19 cents, e o maio/26 também subia 0,25%, cotado a 15,76 cents. Em Londres, o branco para dezembro/25 recuava 0,13%, a US$ 462,20 por tonelada.

A StoneX divulgou revisão de suas projeções, prevendo superávit global de 2,8 milhões de toneladas na safra 2025/26 (outubro a setembro). Segundo o analista Marcelo Di Bonifácio Filho, apesar do déficit registrado em 2024/25, o mercado segue pressionado pelo excesso de estoques e pelo ritmo lento das importações. “Os aspectos de trade flow têm sido mais determinantes ao mercado neste momento e podem balizar a trajetória dos futuros daqui para frente”, destacou.

De acordo com a consultoria, compradores internacionais têm evitado grandes aquisições, aproveitando preços baixos e os estoques elevados resultantes da safra recorde de 2023/24 e das exportações brasileiras em 2024. No Brasil, o Centro-Sul mantém moagem historicamente volumosa e registrou entre abril e agosto um mix açucareiro acima de 52%, reforçando a tendência de preços mais pressionados no médio prazo.

Para a safra 2026/27, a StoneX projeta moagem de 620,5 milhões de toneladas no Centro-Sul, crescimento de 3,6% sobre o ciclo atual, o que configuraria a terceira maior safra da história. A produção de açúcar deve alcançar 42,1 milhões de toneladas, aumento de 5,7%, enquanto as exportações podem se aproximar do recorde de 2024, em torno de 34 milhões de toneladas. O etanol também ganhará destaque, especialmente o de milho, que deve atingir 11,4 bilhões de litros, alta de 17,5% em relação ao ciclo 2025/26, respondendo por quase um terço do volume total.

No Norte-Nordeste do Brasil, a moagem de 2025/26 deve se manter praticamente estável, em 57,3 milhões de toneladas, mas a produção de açúcar tende a recuar 1,9%, para 3,65 milhões de toneladas. O grande destaque está no etanol de milho, cuja produção deve se aproximar de 1 bilhão de litros já nesta temporada, com novas plantas entrando em operação na Bahia, Tocantins, Piauí e Rondônia. Para Di Bonifácio, o etanol de milho ganha relevância estratégica por diversificar a matriz produtiva, ampliar a competitividade regional e garantir maior segurança no abastecimento de biocombustíveis.

Por: Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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