Açúcar fecha semana com quedas em torno de 4% em Nova Iorque e 3% em Londres
Os preços do açúcar encerraram a semana em baixa nas bolsas internacionais, acumulando perdas em torno de 4% em Nova Iorque e cerca de 3% em Londres, ampliadas por novos recuos nas cotações nesta sexta-feira (17). A desvalorização refletiu expectativas de maior oferta global e o avanço da produção no Centro-Sul do Brasil.
Em Nova Iorque, o contrato março/26 caiu 30 pontos, para 15,50 cents/lbp (-1,90%). O maio/26 recuou 28 pontos, cotado a 14,99 cents/lbp (-1,83%). O julho/26 desvalorizou 26 pontos, encerrando a 14,85 cents/lbp (-1,72%), enquanto o outubro/26 fechou a 15,07 cents/lbp, baixa de 24 pontos (-1,57%).
Na Bolsa de Londres, o dezembro/25 terminou o dia a US$ 439,00 por tonelada, queda de US$ 1,60 (-0,36%). O março/26 recuou US$ 4,30, para US$ 435,50 por tonelada (-0,98%). O maio/26 caiu US$ 4,50, a US$ 433,70 por tonelada (-1,03%), e o agosto/26 encerrou a US$ 431,70 por tonelada, baixa de US$ 4,80 (-1,10%).
Na comparação semanal, o contrato março/26 acumulou queda de 3,7% frente ao fechamento da sexta anterior (16,10 cents/lbp), enquanto o maio/26 recuou 4,0%, o julho/26 teve baixa de 4,1% e o outubro/26 caiu 3,9%. Em Londres, o dezembro/25 apresentou retração de 2,5% frente à sexta anterior (US$ 450,40/tonelada), seguido por quedas de 2,7% no março/26, 3,1% no maio/26 e 3,2% no agosto/26.
Segundo a Reuters, operadores destacaram que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil foi mais forte do que o esperado na segunda metade de setembro, com aumento de 10,8% para 3,14 milhões de toneladas, de acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
O portal Barchart observou ainda que a perspectiva de uma oferta global robusta continua pressionando as cotações. O BMI Group projeta um excedente mundial de 10,5 milhões de toneladas na safra 2025/26, o que reforça o cenário de maior disponibilidade do adoçante nos mercados internacionais.