Açúcar recua em NY e Londres após atingir máxima semanal, mas mercado interno paulista reage
Nesta terça-feira, o mercado do açúcar apresentou correção nas principais bolsas internacionais, com o contrato março/26 em Nova Iorque cotado a 14,53 cents por libra-peso (-0,82%), maio/26 a 14,11 cents (-0,84%) e julho/26 a 14,02 cents (-0,78%). Em Londres, o dezembro/25 operou a US$ 419,40 por tonelada (-0,92%). Os preços do açúcar atingiram na segunda-feira uma nova máxima de uma semana, com a continuidade da cobertura de posições vendidas após as mínimas da semana passada. O açúcar também recebeu algum suporte da alta de 0,35% do real frente ao dólar na segunda-feira, o que reduziu o incentivo para os produtores brasileiros venderem açúcar. No entanto, os fundamentos de excedente de açúcar no mercado global continua pressionando as cotações.
No mercado interno, os preços médios do açúcar cristal branco negociado no mercado spot do estado de São Paulo reagiram no encerramento da última semana de outubro, aponta levantamento do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) chegou a operar na casa dos R$ 111,00 por saca de 50 kg na segunda-feira, 27, o menor patamar nominal desde abril de 2021, mas, na sexta-feira 31, subiu para R$ 113,65/sc. Pesquisadores explicam que a recuperação foi impulsionada pela maior concentração das negociações envolvendo o açúcar cristal de melhor qualidade, o Icumsa 150. Já para o tipo cristal Icumsa 180, algumas usinas adotaram uma postura mais flexível, buscando escoar estoques e garantir vendas nos preços vigentes. De modo geral, houve pressão de compradores por valores mais baixos, o que reduziu a liquidez, conforme levantamento do Cepea.
Já os preços dos etanóis se sustentaram ao longo de outubro no mercado spot do estado de São Paulo, com os do hidratado operando na casa dos R$ 2,70/litro e os do anidro, de R$ 3,10/l. Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte aos valores veio da postura firme de vendedores nas negociações, sobretudo diante do encerramento da moagem da safra 2025/26 em algumas poucas unidades do estado de SP. Já quando comparadas as médias de setembro e outubro, dados do Cepea indicam queda, devido ao maior volume de etanol comercializado no último mês, que resultou em negócios pontuais a cotações menores. Em outubro/25, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado teve média de R$ 2,7371/litro, baixa de 0,77% frente à de setembro/25. No caso do anidro (modalidade spot e contratos), o recuo foi de 1,02%, a R$ 3,0683/litro. Em relação às médias de um ano atrás, porém, registra-se valorização real de 7% (deflacionamento pelo IGP-M de outubro).