Açúcar mantém movimento de alta nas bolsas com apoio de fatores climáticos e demanda firme
Na manhã desta sexta-feira (07), os contratos futuros do açúcar iniciaram a sessão com avanços na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), em que trabalhavam com altas de 0,12% a 0,08%. Em Londres, as negociações futuras também seguem operando com valorizações.
Em Nova York, o contrato dezembro/25 do açúcar trabalha negociado em 14,31 cents/lbp e registrava alta de 0,12%. Já o contrato maio/26 trabalha com ganho de 0,10% e estava sendo negociado em 13,95 cents/lbp, enquanto o julho/65 está precificado em 13,88 cents/lbp e com valorização de 0,09%.
Já no terminal de Londres, os contratos futuros também trabalham em campo positivo. O vencimento dezembro/25 opera com queda de 250 pontos, a US$ 415,40 a tonelada. Já o contrato março/26 trabalha com avanço de 260 pontos e negociado a US$ 410,00 a tonelada.
Os contratos futuros do açúcar registraram alta nesta semana, recuperando parte das perdas acumuladas e afastando-se da mínima de cinco anos alcançada recentemente. O movimento de valorização foi impulsionado pela alta nos preços do açúcar refinado e por fatores climáticos que afetaram o andamento da safra no Brasil.
De acordo com analistas, atrasos provocados pelas chuvas e o fechamento temporário de usinas em importantes regiões produtoras reduziram a oferta no curto prazo, dando sustentação às cotações na bolsa.
A Datagro projetou, em 21 de outubro, que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil em 2026/27 aumentará 3,9% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde de 44 milhões de toneladas.
Apesar do avanço momentâneo, o cenário para o mercado global de açúcar segue cauteloso. As projeções indicam um excedente na safra 2025/26, o que tende a limitar ganhos mais expressivos. Assim, especialistas avaliam que a atual recuperação dos preços pode ter fôlego limitado, caso a produção mundial se confirme em níveis elevados nos próximos meses.
De acordo com o TradingView, a perspectiva de aumento das exportações de açúcar da Índia é negativa para os preços do açúcar, visto que as abundantes chuvas de monção podem resultar em uma safra recorde. “O Departamento Meteorológico da Índia informou que o acumulado de chuvas de monção até aquela data era de 937,2 mm, 8% acima da média, marcando a monção mais forte em cinco anos”, destacou.