Açúcar avança com expectativa de redução de área na União Europeia

Publicado em 02/12/2025 16:17
Diminuição deve ser de 10% para a safra 2026/27

Os preços do açúcar fecharam em alta nesta terça-feira nas principais bolsas internacionais, impulsionados pela perspectiva de redução da área cultivada com cana-de-açúcar e beterraba sacarina na União Europeia. A sinalização de menor produção no bloco europeu reacende preocupações com a oferta global e sustentou a recuperação das cotações após a volatilidade observada nos últimos pregões.

Na Bolsa de Nova Iorque, os contratos voltaram a subir ao longo da sessão. O março/26 avançou 0,22 cent (+1,49%) e encerrou o dia a 14,98 cents/lbp. O maio/26 ganhou 0,18 cent (+1,26%), cotado a 14,47 cents/lbp. O julho/26 registrou alta de 0,12 cent (+0,84%), fechando a 14,40 cents/lbp, enquanto o outubro/26 se valorizou em 0,10 cent (+0,68%), para 14,73 cents/lbp.

Em Londres, os ganhos também foram expressivos. O contrato março/26 saltou US$ 8,30 (+1,97%) e fechou a US$ 429,40 por tonelada. O maio/26 subiu US$ 7,00 (+1,67%), para US$ 425,00 por tonelada. O agosto/26 avançou US$ 5,40 (+1,30%), negociado a US$ 419,50 por tonelada, enquanto o outubro/26 teve alta de US$ 4,40 (+1,06%), encerrando a US$ 417,90 por tonelada.

O movimento positivo foi sustentado, principalmente, pela sinalização de diminuição na produção europeia. De acordo com um representante da conferência anual de produtores de cana e beterraba realizada em Londres, os produtores devem reduzir em 10% a área plantada para a safra 2026/27, após uma queda semelhante já observada na atual temporada 2025/26. A retração no cultivo da beterraba sacarina tende a afetar diretamente a oferta de açúcar no continente, reforçando o viés altista.

O mercado, no entanto, segue sensível às notícias relacionadas à produção em grandes países produtores. Na última sexta-feira, os preços atingiram os maiores níveis em seis semanas diante da preocupação com a oferta global. Já na sessão anterior, as cotações chegaram a recuar para mínimas de uma semana após a divulgação de dados mais robustos da Índia.

A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA) informou que a produção do país entre outubro e novembro aumentou 43% em relação ao ano passado, totalizando 4,11 milhões de toneladas. O avanço da produção indiana atua como fator de pressão sobre os preços, limitando movimentos mais consistentes de alta, mesmo diante da perspectiva de redução da safra europeia.
 

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