Açúcar inicia semana com leves altas, mantendo padrão da semana anterior
Nesta segunda-feira (8), o mercado do açúcar mantém o padrão dos últimos dias e segue em estabilidade. Em Nova Iorque, o contrato março/26 é negociado a 14,81 cents de dólar por libra-peso (+0,07%), o maio/26 a 14,40 cents (+0,14%) e o julho/26 a 14,39 cents (+0,14%). Desde a semana passada, as aberturas do mercado começam em alta, mas perdem força ao longo do dia, refletindo as projeções de safras robustas nos principais países produtores.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar (ISMA) informou que a produção de açúcar entre outubro e novembro subiu 43% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 4,11 milhões de toneladas. Além disso, 428 usinas estavam em operação no final de novembro, contra 376 no mesmo período do ano passado, evidenciando um ritmo mais acelerado na moagem.
A perspectiva de produção recorde no Brasil também contribui para limitar as cotações. A Conab elevou, no início de novembro, sua estimativa para a safra 2025/26 de 44,5 para 45 milhões de toneladas. Já a Unica apontou que, na primeira quinzena de novembro, a produção no Centro-Sul aumentou 8,7% frente ao ano anterior, atingindo 983 mil toneladas. No acumulado da safra, o volume chega a 39,18 milhões de toneladas, alta de 2,1% sobre o mesmo período do ciclo anterior.
Apesar da produção expressiva, as exportações brasileiras de açúcar recuaram em novembro. Segundo dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a receita diária média foi de US$ 65,56 milhões, com 173,8 mil toneladas embarcadas por dia. No total, o país exportou 3,30 milhões de toneladas, gerando US$ 1,245 bilhão, a um preço médio de US$ 377,20 por tonelada. Em comparação com novembro de 2024, houve queda de 23% na receita diária, 2,6% no volume exportado e 21,1% no preço médio. A receita total também recuou 30% frente aos US$ 1,62 bilhão registrados no mesmo mês do ano passado.