Preços do açúcar fecham em alta nesta 2ª feira (22) em NY e Londres
Após acumular queda na semana anterior, os preços do açúcar deram sequência ao movimento de recuperação registrado na sessão anterior e fecharam em alta nesta segunda-feira (22) nas bolsas de Nova Iorque e Londres. O avanço foi sustentado principalmente por cobertura de posições vendidas, em um contexto de menor liquidez com a proximidade dos feriados de Natal e Ano Novo.
Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato março/26 avançou 0,17 cent (+1,15%) e encerrou o pregão a 14,99 cents/lbp. O maio/26 também subiu 0,17 cent (+1,18%), negociado a 14,59 cents/lbp. O julho/26 registrou alta de 0,14 cent (+0,97%) e fechou a 14,58 cents/lbp, enquanto o outubro/26 ganhou 0,10 cent (+0,68%), cotado a 14,87 cents/lbp.
Em Londres, o março/26 acrescentou US$ 0,80 (+0,19%) e terminou o dia a US$ 426,30 por tonelada. O maio/26 avançou US$ 2,00 (+0,47%), para US$ 423,60 por tonelada. O agosto/26 subiu US$ 3,20 (+0,77%) e fechou a US$ 420,60 por tonelada, enquanto o outubro/26 teve valorização de US$ 3,30 (+0,79%), encerrando o pregão a US$ 420,10 por tonelada.
Análise divulgada nesta segunda-feira pelo Barchart reforça a leitura de melhora técnica para o mercado. Segundo o relatório, os contratos futuros de açúcar para março (SBH26) passam a representar uma oportunidade de compra, diante da formação de uma base de preços.
“No gráfico diário, observa-se que os preços vêm oscilando lateralmente, com volatilidade reduzida nos últimos dois meses. Esse comportamento tende a sinalizar a construção de uma base que pode dar início a uma tendência de alta em breve”, destaca o Barchart.
Essa avaliação converge com análises recentes do mercado. Em entrevista ao Notícias Agrícolas no último dia 10, o analista da Safras & Mercado, Maurício Murici, afirmou que o comportamento do açúcar em Nova Iorque indica um mercado ainda sustentado.
Ele lembrou que o março/26 chegou a superar 15,20 cents/lbp no fim de novembro, mas passou por uma realização de lucros considerada saudável, sem perda estrutural de suporte, já que os recuos ficaram limitados à faixa de 14,80 a 14,90 cents/lbp.
Para Murici, a permanência das cotações nesse intervalo caracteriza uma “zona de conjunção”, que historicamente costuma anteceder movimentos de retomada. Com isso, o analista vê espaço para que os preços voltem a ganhar força e avancem, mais adiante, em direção à região de 16 cents/lbp.