Preços do açúcar fecham em alta nesta 2ª feira (22) em NY e Londres

Publicado em 22/12/2025 16:00
Análise aponta para início de uma “tendência de alta em breve”

Após acumular queda na semana anterior, os preços do açúcar deram sequência ao movimento de recuperação registrado na sessão anterior e fecharam em alta nesta segunda-feira (22) nas bolsas de Nova Iorque e Londres. O avanço foi sustentado principalmente por cobertura de posições vendidas, em um contexto de menor liquidez com a proximidade dos feriados de Natal e Ano Novo.

Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato março/26 avançou 0,17 cent (+1,15%) e encerrou o pregão a 14,99 cents/lbp. O maio/26 também subiu 0,17 cent (+1,18%), negociado a 14,59 cents/lbp. O julho/26 registrou alta de 0,14 cent (+0,97%) e fechou a 14,58 cents/lbp, enquanto o outubro/26 ganhou 0,10 cent (+0,68%), cotado a 14,87 cents/lbp.

Em Londres, o março/26 acrescentou US$ 0,80 (+0,19%) e terminou o dia a US$ 426,30 por tonelada. O maio/26 avançou US$ 2,00 (+0,47%), para US$ 423,60 por tonelada. O agosto/26 subiu US$ 3,20 (+0,77%) e fechou a US$ 420,60 por tonelada, enquanto o outubro/26 teve valorização de US$ 3,30 (+0,79%), encerrando o pregão a US$ 420,10 por tonelada.

Análise divulgada nesta segunda-feira pelo Barchart reforça a leitura de melhora técnica para o mercado. Segundo o relatório, os contratos futuros de açúcar para março (SBH26) passam a representar uma oportunidade de compra, diante da formação de uma base de preços.

“No gráfico diário, observa-se que os preços vêm oscilando lateralmente, com volatilidade reduzida nos últimos dois meses. Esse comportamento tende a sinalizar a construção de uma base que pode dar início a uma tendência de alta em breve”, destaca o Barchart.

Essa avaliação converge com análises recentes do mercado. Em entrevista ao Notícias Agrícolas no último dia 10, o analista da Safras & Mercado, Maurício Murici, afirmou que o comportamento do açúcar em Nova Iorque indica um mercado ainda sustentado.

Ele lembrou que o março/26 chegou a superar 15,20 cents/lbp no fim de novembro, mas passou por uma realização de lucros considerada saudável, sem perda estrutural de suporte, já que os recuos ficaram limitados à faixa de 14,80 a 14,90 cents/lbp.

Para Murici, a permanência das cotações nesse intervalo caracteriza uma “zona de conjunção”, que historicamente costuma anteceder movimentos de retomada. Com isso, o analista vê espaço para que os preços voltem a ganhar força e avancem, mais adiante, em direção à região de 16 cents/lbp.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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