Cana: Mato Grosso quer derrubar o decreto
Publicado em 21/09/2009 08:55
Para produtores medida ‘amputa’ setor que segue em pleno desenvolvimento, ao proibir a atividade em 80% do território, 115 municípios, e inviabilizar outras 15 cidades
De acordo com o Diário de Cuiabá, produtores mato-grossenses, liderados pela Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), vão tentar derrubar o projeto de lei que cria o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar. O movimento já foi deflagrado e prevê forte pressão sobre o Congresso Nacional.
“As restrições são fortes contra Mato Grosso, pois deixa 115 municípios de fora do processo de produção. A situação é deplorável e vamos tentar reverter agora por meio de uma ampla mobilização”, afirmou o presidente em exercício da Famato, Normando Corral. Segundo ele, a mobilização será de toda a sociedade. “O zoneamento afeta a todos, por isso temos que nos unir para derrubar o projeto”.
Corral informou que o zoneamento impede investimentos de R$ 2 bilhões em quatro projetos sucroalcooleiros, sendo dois da Cia Terra, em Tangará da Serra, um em Denise, da CEVN, e um de Juara, da Bioenergia.
Ao todo, o zoneamento define 694 milhões de hectares com restrições ambientais, o que corresponde a 81,5% do território nacional. Também ficará vedado o desmatamento de vegetação nativa e de unidades de conservação e terras indígenas para o plantio. A proposta de zoneamento elaborada pelo Ministério da Agricultura, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), estima que, no Brasil, existam 7,8 milhões de hectares aptos para o cultivo de cana. A expansão da área cultivada prevista até 2017 é de 6,7 milhões de hectares.De acordo com Normando Corral, a medida atinge Mato Grosso em cheio, proibindo a expansão do cultivo da cana-de-açúcar, bem como a implantação de novas usinas, nas regiões dos biomas Pantanal, Amazônico e Bacia do Alto Paraguai, afetando 80% do território de Mato Grosso. Nessas regiões estão concentrados 115 dos 141 municípios do Estado.
Corral explicou que 15 municípios representados no consórcio do Médio Norte serão diretamente afetados pelo projeto, já que a proibição abrange os três biomas. “É inadmissível que se paralise uma atividade que gera tantos empregos, renda e desenvolvimento. Com essa medida o governo federal vai amputar este setor que está em pleno desenvolvimento no Estado", disse ele.
O presidente licenciado da Famato, deputado federal Homero Pereira, alertou que será possível articular a bancada ruralista para promover alterações na proposta original. Ele destacou que, neste momento, é preciso que haja grande mobilização social e política com o intuito de reverter a situação. “Além da mobilização do setor, precisamos fazer a articulação política junto ao governo do Estado, governo Federal e Congresso Nacional, pois, não podemos deixar que uma medida como esta venha prejudicar o Estado e em especial esta região que já tem por vocação a produção de etanol e de açúcar”.
PREFEITOS – Em um encontro recente na cidade de Nova Olímpia (207 quilômetros ao norte de Cuiabá), prefeitos das regiões norte, médio norte e Baixada Cuiabana estiveram reunidos para discutir os reflexos da medida para Mato Grosso. Eles vão solicitar ainda o engajamento do governador Blairo Maggi na luta contra a aprovação da medida.
Para o prefeito de Nova Olímpia, Francisco Medeiros, a medida representa uma séria ameaça à economia do município, que tem sua base econômica sustentada na atividade sucroalcooleira. “A maioria da população trabalha no campo ou na usina e o impacto econômico e social que esta decisão irá provocar transformará os municípios desta região num verdadeiro caos”, alertou o prefeito.
“As restrições são fortes contra Mato Grosso, pois deixa 115 municípios de fora do processo de produção. A situação é deplorável e vamos tentar reverter agora por meio de uma ampla mobilização”, afirmou o presidente em exercício da Famato, Normando Corral. Segundo ele, a mobilização será de toda a sociedade. “O zoneamento afeta a todos, por isso temos que nos unir para derrubar o projeto”.
Corral informou que o zoneamento impede investimentos de R$ 2 bilhões em quatro projetos sucroalcooleiros, sendo dois da Cia Terra, em Tangará da Serra, um em Denise, da CEVN, e um de Juara, da Bioenergia.
Ao todo, o zoneamento define 694 milhões de hectares com restrições ambientais, o que corresponde a 81,5% do território nacional. Também ficará vedado o desmatamento de vegetação nativa e de unidades de conservação e terras indígenas para o plantio. A proposta de zoneamento elaborada pelo Ministério da Agricultura, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), estima que, no Brasil, existam 7,8 milhões de hectares aptos para o cultivo de cana. A expansão da área cultivada prevista até 2017 é de 6,7 milhões de hectares.De acordo com Normando Corral, a medida atinge Mato Grosso em cheio, proibindo a expansão do cultivo da cana-de-açúcar, bem como a implantação de novas usinas, nas regiões dos biomas Pantanal, Amazônico e Bacia do Alto Paraguai, afetando 80% do território de Mato Grosso. Nessas regiões estão concentrados 115 dos 141 municípios do Estado.
Corral explicou que 15 municípios representados no consórcio do Médio Norte serão diretamente afetados pelo projeto, já que a proibição abrange os três biomas. “É inadmissível que se paralise uma atividade que gera tantos empregos, renda e desenvolvimento. Com essa medida o governo federal vai amputar este setor que está em pleno desenvolvimento no Estado", disse ele.
O presidente licenciado da Famato, deputado federal Homero Pereira, alertou que será possível articular a bancada ruralista para promover alterações na proposta original. Ele destacou que, neste momento, é preciso que haja grande mobilização social e política com o intuito de reverter a situação. “Além da mobilização do setor, precisamos fazer a articulação política junto ao governo do Estado, governo Federal e Congresso Nacional, pois, não podemos deixar que uma medida como esta venha prejudicar o Estado e em especial esta região que já tem por vocação a produção de etanol e de açúcar”.
PREFEITOS – Em um encontro recente na cidade de Nova Olímpia (207 quilômetros ao norte de Cuiabá), prefeitos das regiões norte, médio norte e Baixada Cuiabana estiveram reunidos para discutir os reflexos da medida para Mato Grosso. Eles vão solicitar ainda o engajamento do governador Blairo Maggi na luta contra a aprovação da medida.
Para o prefeito de Nova Olímpia, Francisco Medeiros, a medida representa uma séria ameaça à economia do município, que tem sua base econômica sustentada na atividade sucroalcooleira. “A maioria da população trabalha no campo ou na usina e o impacto econômico e social que esta decisão irá provocar transformará os municípios desta região num verdadeiro caos”, alertou o prefeito.
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Fonte:
Diário de Cuiabá-MT
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Paulo Luís Gonçalves Campelo Belo Horizonte - MG
Amigos, sugiro a todos a leitura do Artigo do Professor Clímaco César, intitulado "Impedir o avanço da cana pode ser a maior burrada ambiental das ONGs e ambientalistas." Publicado aqui mesmo no Site Notícias Agrícolas.
Abraços.. Paulo Campelo.