Unica nega ter pedido menor tarifa de importação de etanol por causa de preços altos

Publicado em 22/01/2010 17:06
Entidade procurou esclarecer que solicitação está relacionada a uma demanda antiga dos produtores

A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) negou que o pedido feito à Câmara de Comércio Exterior (Camex) de redução ou eliminação da tarifa de importação de etanol tenha a ver com os preços adotados atualmente no mercado interno.

No fim do ano passado, a Unica sugeriu que a tarifa de 20% cobrada sobre o etanol importado no Brasil seja suspensa, como forma de estimular a receptividade de outros países à compra do produto brasileiro. A cobrança da tarifa tem sido usada como justificativa – principalmente dos Estados Unidos – para também manter suas medidas protecionistas.

Diante da alta de preços do etanol – em Brasília, por exemplo, o litro do álcool combustível já é vendido a R$ 2,20 – a Unica procurou esclarecer que o pedido está relacionado a uma demanda antiga dos produtores e não à possível falta do produto no mercado.

— A Unica entende que o livre comércio deve ocorrer em todos os sentidos. Por isso, o Brasil, como maior produtor de etanol de cana e maior exportador de etanol do mundo, com 60% do mercado global, deve dar o exemplo e eliminar barreiras, o que o credencia para pleitear medidas similares por parte de países que hoje mantêm mercados protegidos — diz a entidade, em nota à imprensa.

A expectativa é que a medida seja aprovada em fevereiro, o que influenciaria as importações a partir de abril. Nesse caso, o Brasil já estaria colhendo a safra 2010/2011 de cana-de-açúcar, e o problema com os preços atuais, superado. No ano passado, os principais países dos quais o Brasil importou etanol foram a Argentina, a Alemanha e a Jamaica. Ao todo, foram comprados 4.464 litros do combustível.

Fonte: Ag. Brasil

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