Mecanização da colheita da cana está substituindo as queimadas

Publicado em 11/03/2010 13:02
A cana-de-açúcar já é colhida de forma mecanizada e sem o uso do fogo em cerca de 56% dos 4,34 milhões de hectares cultivados em São Paulo. O uso da tecnologia vem ajudando o Estado a evitar emissões de gases poluentes, causadores de efeito estufa, e a reduzir os fatores de degradação do solo e o consumo de água, entre outros.
Esses resultados não seriam possíveis sem o Protocolo Agroambiental, assinado entre o governo do Estado e o setor sucroalcooleiro, em 2007, para pôr fim à queima da cana durante a colheita, conforme balanço do programa divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente. “E ninguém tem ouvido falar de desemprego nesse setor. Isso por causa da ação bem feita pelo governo e pelas empresas”, comemora o secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, ao se referir ao programa de reciclagem dos cortadores de cana, previsto no documento, permitindo que permanecessem nas usinas ou conseguissem emprego em outros setores da economia local.  

O acordo permitiu evitar a queima de 2,6 milhões de hectares de área plantada com cana e, com isso, a emissão de 7,92 milhões de toneladas de monóxido de carbono (CO), 1,13 milhão de hidrocarbonetos e 679 mil toneladas de material particulado.
Evolução - Na área com colheita mecanizada, sem uso do fogo, somava 1,1 milhão de hectares, 34,2% dos 3,24 milhões de hectares cultivados com a gramínea no Estado. “Nesse período, em 2,13 milhões de hectares ainda se queimava a cana.”

Redução do fogo - Já a área de colheita com o uso de fogo, que na safra 2006/2007 representava 65,8% do total, ou 2,13 milhões de hectares, hoje representa apenas 44,8% do total ou 1,9 milhão de hectares. A previsão é a de que a área plantada com cana no Estado deve perfazer 7 milhões de hectares em 2014.  A previsão é de que 90% da colheita deverá ser feita com máquinas e sem o emprego do fogo.
Fonte: Terra

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