Cai o número de queimadas na colheita de cana em SP

Publicado em 27/04/2010 08:14
Essa foi a primeira vez que as colheitas sem queimada foram maioria no Estado, segundo levantamento do INPE.
O Estado de São Paulo reduziu para 55,7% as queimadas nas colheitas de cana-de-açúcar. Os dados fazem parte do relatório do projeto Canasat, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que faz o monitoramento da cultura por satélite. Desde o início do projeto em 2006, essa foi a primeira vez que a colheita sem queima de palha superou a com queima.

As regiões que tiveram as maiores porcentagens de colheita sem queima foram Barretos (61,4%), Central (61,2%) e Campinas (60,7%). Marília e Presidente Prudente foram as únicas regiões que registraram um índice maior de colheita com queima em todo o Estado, com 56,3% e 50,8%, respectivamente.

A colheita manual de cana-de-açúcar, que utiliza a queima da palha, vem sendo substituída pela mecanização desde 2007, quando foi assinado o Protocolo Agroambiental entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a União da Indústria de Cana-de-açúcar do Estado de São Paulo (UNICA) e as associações de fornecedores. “O protocolo pretende antecipar a data-limite estabelecida por lei, que é 2033. Ele estabelece duas datas: nas áreas em que é possível a colheita mecânica, a substituição deve ser feita até 2014 e nas áreas onde a mecanização é mais difícil, a previsão é para 2017”, afirma o pesquisador do INPE Daniel Alves Aguiar.

São Paulo é responsável por cerca de 60% da produção de cana-de-açúcar de todo o Brasil. Como a expansão do plantio é mais recente em outros Estados, a colheita já é feita de maneira mecanizada, o que diminuiu o número de queimadas nas outras regiões.

“Nós não temos uma previsão para a implantação do projeto em todo o País, mas o sul de Minas Gerais e o norte do Paraná devem começar a ser monitorados em um ou dois anos”, explica Aguiar.

O Canasat monitora a colheita por imagens de satélites a colheita de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo. O projeto avalia se as áreas de cultivo fazem ou não a queima da palha. De acordo com Aguiar, o monitoramento só é realizado em campo quando há alguma dúvida. “Em caso de divergências, nós contamos com o apoio do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) de Piracicaba. Eles fazem todo o nosso trabalho de campo, quando necessário”.

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