SP: Cana com menos queima

Publicado em 29/04/2010 13:55
A expansão da cana-de-açúcar em São Paulo, em função principalmente do aumento da demanda por etanol, é uma realidade no Estado. Entre 2003 e 2009, a área total do cultivo saltou de 2,57 milhões para 4,89 milhões de hectares, segundo dados do mais recente relatório feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

 

Mas um dado chama a atenção, sob o ponto de vista ambiental: pela primeira vez mais da metade da colheita foi realizada sem a queima da cana. O relatório aponta, quanto à safra de 2009/ 2010, que essa prática já atingiu cerca de 56% da colheita. Em 2006/2007, ela ficava nos 34%.

Segundo Bernardo Rudorff, pesquisador do Inpe, a contar por esse ritmo, a meta da eliminação gradativa da queima da cana-de-açúcar até 2017 - acordada pelo Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro, em 2007, entre o Governo do Estado e a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica)  - será cumprida, mesmo com a expansão da produção. Para as áreas com declive inferior a 12%, que permite a mecanização da colheita, o prazo termina em 2014.

O mapeamento mostra que as regiões administrativas de Barretos, Campinas e Central - tradicionais no cultivo da cana - foram as que apresentaram maior porcentagem sem queima, com 61,4%, 60,7% e 61,2%, respectivamente. Apenas duas regiões, de Marília (56,3%) e de Presidente Prudente (50,8%), tiveram mais área colhida com queima do que sem.

Fonte: EPTV.com

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