Novo contrato de etanol da BM&F começa a ser negociado em 17/05
O primeiro vencimento do novo contrato, com liquidação financeira, será junho de 2010.
"O objetivo da bolsa é atrair novos participantes ao mercado, aumentando a liquidez. Aí junta a fome com a vontade de comer", disse Wedekin no intervalo do seminário Perspectivas para o Agribusiness 2010 e 2011.
Sem entrega física, o contrato de etanol segue os bem sucedidos contratos de boi gordo e milho, que também têm liquidação financeira.
"Já estamos vendo empresas que operam através de robôs. Já estão operando em café, milho e boi", acrescentou Wedekin, destacando a importância do aumento da liquidez no mercado.
Além do contrato, a BM&F também lançará opções de etanol com vencimento na mesma data do futuro.
Será utilizado o Indicador de Preços de Etanol Hidratado Paulínia, levantado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
A bolsa também estuda no futuro lançar um contrato de soja com liquidação financeira.
Para Wedekin há um espaço enorme para as negociações de commodities agrícolas em bolsa crescerem no Brasil. Enquanto no mundo, em toda a indústria de futuros, os agrícolas representam 5,2 por cento, no Brasil eles equivalem a apenas 0,7 por cento.
"Precisamos multiplicar por 7,5 o nosso volume", declarou Wedekin ao comentar o quanto o Brasil precisa crescer para atingir os níveis mundiais.
A BM&F registra uma retomada de força este ano após uma crise de crédito no ano passado que afetou os negócios. Entre janeiro e abril, de acordo com dados preliminares, o volume negociado na bolsa cresceu 21 por cento, com um avanço ainda mais "veloz" do mercado de opções, segundo Wedekin.