Copersucar projeta ter 30% do mercado nacional em 5 anos

Publicado em 18/06/2010 07:55
A Copersucar, de olho no avanço dos mercados interno e externo de açúcar e álcool, estima crescer em cinco anos mais 75,44% em processamento de cana-de-açúcar. De acordo com Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, na safra 2010/2011 a empresa já deu um salto de 85 milhões de toneladas, passando para 114 milhões de toneladas de produtos equivalentes de cana-de-açúcar. "Até 2015 devemos atingir 200 milhões de toneladas e responder por 30% do mercado brasileiro", afirma o executivo.

Para Souza, a entrada de novos sócios é um pilar importante para o processo de crescimento da usina. "Estamos negociando com mais alguns grupos", adianta o presidente, lembrando que na quarta-feira a empresa firmou parceira com o Grupo Clealco Açúcar e Álcool, que está agora entre os maiores de seus associados. "A Usina Queiroz, da Clealco, passa a ser, individualmente, a maior usina acionista da Copersucar", reitera Souza.

Atualmente, a Copersucar possui 39 unidades associadas em São Paulo. As usinas são acionistas da Produpar Participações S.A., holding que controla a Copersucar.

Segundo Souza, do volume de produção previsto para a safra 2010/2011, a Copersucar calcula comercializar 4 bilhões de litros de etanol no mercado interno e embarcar 600 milhões do combustível. "Um aumento de 22% no Brasil", afirma.

O grande mercado de etanol para a Copersucar ainda é o nacional, mas, no médio e longo prazo, a empresa, segundo o presidente, deve apostar nos Estados Unidos, principalmente na Califórnia, na Ásia e Europa como centros promissores para comercialização do biocombustível. "Em decorrência do flex fuel e da adição do etanol à gasolina", comenta o executivo.

Já para o açúcar, a estimativa da empresa é exportar 6 milhões de toneladas nesta temporada. Um aporte de 63% se comparado à safra 2009/2010. "Continuamos a abrir destinos, realizar acordos de longo prazo e ampliar os contratos existentes em todos os continentes", afirma Souza.

No mercado interno, a Copersucar deve avançar 16% na comercialização da commodity, para 1,7 milhão de toneladas.

Segundo Souza, a empresa confirmou sua posição de maior comercializadora e exportadora de etanol e açúcar do País na safra 2009/2010, quando vendeu 5,2 milhões de toneladas de açúcar, aumento de 40%, e 3,9 bilhões de litros de etanol, mais 8% em relação à safra anterior. "Com esse desempenho, a empresa obteve participação de 17% no mercado interno de açúcar e 15% no de etanol, na Região Centro Sul."

Ainda na safra 2009/2010, as exportações de açúcar registraram a maior alta, com a venda de 3,7 milhões de toneladas, aumento de 46%. O resultado representa 15% de todo o açúcar exportado pelo Brasil e participação de 7% no comércio mundial do produto. "A comercialização de açúcar adquirido de não sócios aumentou de 514 mil toneladas para 1,29 milhão de toneladas. As vendas de etanol passaram de 30 milhões para 86,5 milhões de litros nessa modalidade de negócio", explica.

A Copersucar é a maior empresa privada de exportação de açúcar mundial, com mais de 5% de todas as transações comerciais no mercado externo. "Atualmente já atendemos com exclusividade o mercado de açúcar de países da Europa, África, Ásia, Oriente Médio e Canadá", comenta.

Para aumentar os destinos e ganhar relevância no mercado internacional de etanol, a Copersucar abriu um escritório em Roterdã, na Holanda, e firmou parcerias com representantes exclusivos em Houston e Nova York, nos Estados Unidos.

A Copersucar também possui, até 2013, um contrato com o Japão de fornecimento anual de 200 milhões de litros de etanol.

Na temporada 2009/2010, a empresa somou um faturamento bruto de R$ 8,2 bilhões. Deste total, o etanol responde por 60%, e o açúcar 40%.

Nos próximos cinco anos, a Copersucar deve injetar cerca de R$ 1 bilhão em logística, no transporte ferroviário, no Terminal Açucareiro Copersucar no porto de Santos e na empresa Uniduto, que deve construir uma malha de dutos de cerca de 600 quilômetros para transportar etanol das unidades produtoras para os centros de consumo e exportação.

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Fonte:
DCI

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