Etanol brasileiro não deve invadir mercado americano no curto prazo

Publicado em 02/08/2010 09:37
A barreira imposta às importações de etanol nos Estados Unidos também pode estar chegando ao fim.

A vigência da tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol importado (US$ 0,15 por litro) acaba no final deste ano. Caso ela não seja prorrogada, um importante mercado será aberto para o Brasil.

Mas os Estados Unidos não devem assistir a uma enxurrada de etanol brasileiro, pelo menos no curto prazo.

O representante-chefe da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na América do Norte, Joel Velasco, diz que o fim do subsídio pode incentivar o aumento da produção brasileira para exportação, que teria de ser acompanhada por investimentos em logística para tornar viável o escoamento do álcool.
Aumento efetivo das vendas externas, afirma ele, só ocorreria no médio e longo prazo -até porque a força do mercado interno já garantirá aumento de demanda para a indústria brasileira da cana.

No total mundial, o Brasil exportou US$ 371 milhões em etanol no primeiro semestre deste ano, 34% menos que no mesmo período de 2009.

Para os EUA, o Brasil vendeu 270 mil litros de álcool no ano passado, queda de 82% em relação a 2008 e o pior resultado em três anos.

Os EUA são o maior produtor global de etanol (no caso deles, a base do produto é o milho) e respondem por 53% do produto fabricado no mundo. O Brasil é o segundo, com 34%.

Fonte: Folha de São Paulo

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Após recorde de moagem em 23/24, Coplacana projeta cenário favorável também para 24/25
Rússia proíbe exportação de açúcar até 31 de agosto, dizem agências
UE vê alta de 2% na produção de beterraba em 24/25 e maior oferta de açúcar
Unica e Orplana reafirmaram o compromisso para revisão do CONSECANA-SP
Ucrânia procura compradores de açúcar, já que cota da UE está quase esgotada