Cana-de-açúcar: Ritmo descarta escassez

Publicado em 11/08/2010 08:09
Clima segue favorecendo os trabalhos no campo, e moagem nas usinas chega a 40% em MT.
O esmagamento de cana-de-açúcar em Mato Grosso atingiu 40% no primeiro semestre deste ano, totalizando cerca de 5,60 milhões de toneladas no acumulado da safra 10/11. De acordo com o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), a previsão de moagem para este ano é de 14,10 milhões de toneladas. Em Mato Grosso, contudo, o clima está normal e vem ajudando a colheita e a moagem da cana-de-açúcar. “O clima está perfeito, não há regime de chuvas e a temperatura é muito boa. Por isso a colheita vem se dando em ritmo absolutamente normal”, avalia o diretor-executivo do Sindálcool, Jorge dos Santos.

No Centro-Sul, a moagem atingiu 255 milhões de toneladas. Na comparação da primeira quinzena de julho com a quinzena do mês anterior, houve queda de 4,95%, devido à ocorrência de chuvas – ainda que em baixa intensidade - no período em algumas regiões produtoras.

Santos afirmou que o medo que se tinha de uma eventual falta de etanol em 2011 hoje não existe mais. O consumo em Mato Grosso está em torno de 30 milhões de litros de etanol por mês. Este ano as usinas já produziram o equivalente ao consumo de oito meses.”Temos responsabilidade social de produzir acima do consumo mensal para deixar estoques disponíveis no período de entressafra e evitar um aumento abrupto de preços para o consumidor”, disse ele.

Segundo ele, do ano passado para cá ficaram sem colher aproximadamente 15% da cana em Mato Grosso, em função da antecipação do período de chuvas. “Tivemos dificuldades durante a fase de colheita e houve perda de qualidade, com pouca sacarose e presença de muita água na cana”, explicou.

A atual safra conta com 211 mil hectares plantados, das quais 200 mil hectares serão colhidos. O resto é cana para muda, plantio e recuperação de canaviais.

Dos 850 mil litros de álcool previstos para esta safra, as usinas produziram até agora 374 milhões de litros, sendo 269 mil litros de etanol hidratado (combustível) e, 115 mil litros, anidro (para mistura à gasolina). As usinas produziram também 147 mil toneladas de açúcar, de um total previsto de 480 mil toneladas.

De acordo com Jorge dos Santos, os preços do açúcar não estão muito favoráveis ao produtor. “Já chegamos a uma cotação de R$ 68 e, hoje, o mercado está pagando apenas R$ 40. Além disso, a logística não permite exportações porque deixa os nossos produtos sem competitividade”, explica Santos.

Segundo ele, como o mercado de etanol está competitivo este ano, os produtores estão tendo uma safra mais alcooleira do que açucareira. “Quem trabalhou com açúcar no ano passado conseguiu se recuperar. Este ano, contudo, a situação não se repete e os preços do etanol estão mais competitivos, permitindo aos usineiros fazerem a recuperação dos canaviais e alguns investimentos no parque fabril. A cana-de-açúcar será melhor trabalhada e o resultado para as usinas será melhor no ciclo 10/11”.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Diário de Cuiabá

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário