Açúcar: Órgão Gestor de Mão de Obra foi avisado sobre safra recorde no Porto de Santos, desabafa empresário

Publicado em 17/08/2010 11:55
“Avisamos no começo de junho ao Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) sobre as dificuldades do trabalho de açúcar em 2010”. A observação é do coordenador da Câmara de Açúcar Ensacado em Cais Público do Sindicato dos Operadores Portuários de São Paulo (Sopesp), José Antônio Leal, que se diz cansado de ver armadores pagando multas por conta do atraso na saída dos navios. Garante não ter mais local para armazenar tanta carga produzida e pede uma solução de quem teria que assumir a responsabilidade.

“Falamos [para o Ogmo] que esta safra seria e é uma das maiores da história do Brasil e que faltava trabalhador portuário com condições físicas para aguentar o tranco. Gente tem, mas poucos vão para o açúcar porque a mão de obra não foi renovada. Nada fizeram. Hoje, o maior problema é a falta de pessoal para o açúcar. Aí o navio não sai, formam-se filas e a situação é caótica”.

Os empresários do setor açucareiro estão à beira de um ataque de nervos por conta de falhas de logística no Porto de Santos. As filas de caminhões crescem a cada dia, o número de navios parados na barra à espera de um espaço livre para atracar bate recordes diários e a falta de mão de obra para encher os porões das embarcações atrasa os embarques de forma gritante.

O Porto de Santos movimenta, ao ano, cerca de 20 milhões de toneladas de açúcar. Os mercados que mais aguardam pelo fim das filas são a Índia e o Paquistão, para onde vão pelo menos 50% do total movimentado ao ano. Além da falta de mão de obra para o serviço, outro problema é a chuva. Quando ela chega, o serviço é interrompido, pois os berços de atracação em Santos não têm cobertura.

“Não se trata de ameaça, apenas um fato concreto. Tem comprador de açúcar querendo cancelar o contrato, pois a mercadoria está saindo tardiamente do Porto de Santos. Quem quer o açúcar velho? Está formada uma bola de neve que precisa ser dissolvida, sob risco da imagem do Brasil ficar queimada lá fora”.

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Fonte:
Porto Gente

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