Renovação dos canaviais guia expansão do cultivo

Publicado em 20/08/2010 07:51
A máxima "aonde a cana vai o amendoim vai atrás", que tanto colaborou para a expansão da produção do fruto em São Paulo nos últimos anos, também vale no sentido inverso, a exemplo do que aconteceu no Estado na safra passada, quando o setor sucroalcooleiro entrou em crise.

Os reflexos negativos desse movimento, que no polo de Jaboticabal foi bem mais ameno, apareceram na área plantada no país em 2009/10, que caiu 25%, para 84 mil hectares. Menos capitalizados, os produtores de cana, que arrendam terras aos de amendoim, não realizaram toda a renovação de canaviais que deveria ter sido feita.

Juntamente com a produção menor, os preços domésticos e internacionais recuaram dos elevados patamares de antes do aprofundamento da crise financeira internacional, em setembro de 2008. "Havia uma bolha e a sensação de que faltaria amendoim. A tonelada chegou a bater US$ 1,7 mil posto em Roterdã (Holanda), valor que, historicamente, é de US$ 900", lembra José Arimatea Calsaverini, superintendente da Coplana.

Atualmente, as cotações giram em torno de US$ 1 mil a tonelada em Roterdã. Segundo o executivo, a tendência é de alta para acima de US$ 1,3 mil. "Comercializamos muito pouco neste primeiro semestre. A desova dos estoques argentinos retraiu o mercado", afirma Calsaverini.

Por não ser commodity, o amendoim não tem formação de preço em bolsa: é uma combinação de produção argentina e americana com consumo europeu. Os contratos internacionais têm o "luxo" de terem preços fixados com antecedência. "No interno, os preços se dissipam como nuvem".

Fonte: Valor Econômico

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