PE: Enchentes deixam safra de cana-de-açúcar deste ano 6% menor

Publicado em 20/09/2010 08:24
A expectativa do setor é de registrar a segunda queda consecutiva de produção.
Três meses depois das enchentes que castigaram a Zona da Mata Sul de Pernambuco, a situação não vai nada bem com a cana-de-açúcar, principal cultura da região. A estimativa do setor sucroenergético no estado é que a safra 2010/2011 seja menor do que a anterior. Até abril, mais de 16 milhões de toneladas de cana deverão ser moídas – um volume 6% menor do que o do último ano. O excesso de chuvas é uma das explicações para a queda.

A colheita da cana já começou na região, garantindo trabalho para milhares de pessoas no estado (foto 1). "Até final de abril, início de maio, o emprego deles está garantido. Depois, quando começar a entressafra de novo... Mas a partir de terça-feira tem serviço", explica o canavieiro Luís Carlos de Lima.

Além de prejudicar o plantio, a cheia também afetou a estrutura física das usinas. Na Catende (foto 2), uma das maiores usinas do estado, a moagem deve atrasar um mês e meio, comprometendo a renda da s 4,5 mil famílias que dependem diretamente dela. A água atingiu quase dois metros em um dos galpões, deixando turbinas e equipamentos submersos, cobertos pela lama. Os danos causados ainda não foram totalmente reparados, muitas máquinas ainda estão sem funcionar (fotos 3 e 4).

Antes de começar a moagem, foi preciso reparar alguns danos, como desmontar as moendas (foto 5) para limpar por dentro, retirando terra e lama. A enxurrada levou embora também a base do tanque (foto 6) onde era armazenada a água das caldeiras e o galpão veio abaixo. De acordo com o gerente administrativo da usina Catende, Juan Nordase (foto 7), o prejuízo é de aproximadamente R$ 22 milhões. "Se não chegasse a moer seria um desastre. Além disso, esta usina está vinculada a cinco municípios, com muitos trabalhadores e produtores de cana. Em torno de 20 mil pessoas seriam seriamente afetadas", diz.

Pelo menos R$ 12 milhões seriam necessários, segundo Nordase, para a usina voltar a funcionar. "Enquanto não liberam crédito para a massa falida, uma das fontes de possível financiamento seria própria, através de venda antecipada, que é muito ruim porque compromete a produção e os preços caem, ou via governos", explica Nordase.

Governo
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco informou por meio de uma nota que está impossibilitada de destinar recursos à massa falida da usina Catende, por causa de compromissos não honrados da mesma com o Banco do Brasil e a Conab.

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Fonte:
PE 360º

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