Açúcar: Preço sobe em NY com previsão de moagem menor no Brasil

Publicado em 30/11/2010 07:03
Antonio de Padua, da Unica, diz que usinas priorizam o açúcar, mesmo no fim da safra, porque remuneração é maior.
O mercado de açúcar voltou a subir ontem na bolsa de Nova York diante do relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) confirmando a forte queda na moagem de cana e os sinais de que a produção nesta safra do Centro-Sul deve ser inferior a 570 milhões de toneladas. Os contratos com vencimento em maio encerraram o pregão a 25,78 centavos de dólar por libra-peso, alta de 6 pontos.

"Diante do cenário atual, caracterizado pelo fim precoce da safra e pelo declínio do processamento, certamente a moagem será inferior às 570,19 milhões de toneladas projetadas em agosto", diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Unica.

A entidade informou ontem que nos primeiros quinze dias de novembro, as usinas do Centro-Sul moeram 24,3 milhões de toneladas de cana, 19,32% menos do que nos quinze dias anteriores. Desde o início da safra, a moagem alcançou 525,18 milhões de toneladas, contra 473,86 milhões registradas no mesmo período do ano anterior.

Mesmo com todo esforço das usinas para produzir mais açúcar, a oferta recuou 4,94% na quinzena para 1,46 milhão de toneladas. Na safra, foram produzidas 32 milhões de toneladas, aumento de 22,18% em relação à temporada 2009/10.

A produção de etanol caiu 18% na quinzena, totalizando 1,01 bilhão de litros. Em toda a safra, até a primeira quinzena de novembro, a produção do biocombustível atingiu 23,96 bilhões de litros.

O número de usinas que ainda está moendo cana também segue em queda, em função do clima seco e da baixa produtividade dos canaviais de fim de safra. Até 15 de novembro, 76 unidades industriais já haviam encerrado a moagem no Centro-Sul, contra 17 unidades até a mesma data em 2009. Estimativas indicam que cerca de 140 unidades produtoras devem finalizar o processamento de cana na safra 2010/11 até o fim deste mês, ante as 32 usinas de igual período do ano anterior.

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Fonte:
Valor Econômico

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