Mercado demanda mais açúcar e etanol

Publicado em 06/01/2011 13:21 e atualizado em 06/01/2011 14:04
Equilíbrio entre a produção do alimento e do combustível e investimentos privados motivam crescimento do setor sucroalcooleiro
O Brasil vive um momento de crescimento na produção tanto de cana-de-açúcar, quanto de etanol e de açúcar, resultado da demanda cada vez maior por esses produtos. A afirmação foi feita pelo secretário de Produção de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, durante o anúncio do terceiro e último levantamento da safra 2010/2011 de cana-de-açúcar. Segundo os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana moída pela indústria sucroalcooleira em 2010 chegou ao recorde de 624,99 milhões de toneladas. Desse total, 53,8% (336,2 milhões de toneladas) foram destinados à produção de 27,7 bilhões de litros de etanol e 46,2% (288,7 mil toneladas) para o açúcar, que chegou a 38,7 milhões de toneladas.

“Nós tivemos um mercado mundial de açúcar que demandou produção adicional do Brasil. Diversos países demandaram mais desse produto, que é indispensável para a alimentação humana”, destaca o secretário Manoel Bertone. Ele explica que o Brasil conseguiu responder à procura, abastecendo o mercado internacional, com preços bastante atrativos para o produtor brasileiro, além de manter o abastecimento interno. Para o secretário, mesmo com a necessidade de suprir essa demanda, o setor conseguiu se equilibrar, o que fez com que o consumidor não sentisse, diretamente, o aumento de preços tanto de açúcar quanto de etanol.

A produção de etanol também foi suficiente para atender a demanda interna. Do total de 27,7 bilhões de litros produzidos na safra 2010/2011, 19,6 bilhões de litros são do tipo hidratado (o que é usado diretamente nas bombas dos postos de gasolina) e 8,1 bilhões do anidro (utilizado na mistura à gasolina). “No que se refere ao etanol, a produção também cresceu e, principalmente, a produção foi  suficiente para atender a mistura até o início da próxima safra nos índices de 25%”, destaca o secretário. Ele lembra que o carro flex é um instrumento importantíssimo para equalizar esses pontos de consumo, já que o consumidor tem a opção de migrar para outro tipo de combustível quando achar que não compensa abastecer seu automóvel com etanol.

Bertone também destaca a importância dos investimentos privados para o fortalecimento do setor. Para ele, a iniciativa privada vem respondendo aos estímulos do mercado com o aumento de investimento. “Tivemos uma crise internacional em 2008 que freou um pouco esses investimentos, porém, o setor já está retomando as aplicações, que hoje são fundamentais para o seu sucesso”. O aumento de investimento no setor é a saída, pois a demanda, cada vez maior por produtos como açúcar e etanol, exige isso, fazendo com que o mercado seja o fator que vai fazer com que esse setor se desenvolva mais e melhor.

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Fonte:
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