Fila de navios para açúcar em portos pode se repetir, diz executivo

Publicado em 11/03/2011 16:21
Os atrasos nos carregamentos de açúcar em portos brasileiros, que dificultaram os embarques no ano passado, provavelmente voltarão a ocorrer na próxima safra, disse nesta sexta-feira um executivo senior da indústria açucareira.

"Nós prevemos alguns congestionamentos nos portos este ano, dado que a demanda (por açúcar brasileiro) continua forte", disse Carlos Murilo Barros de Mello, diretor do trading de açúcar da Macquarie Bank em São Paulo.

No ano passado, problemas logísticos nos portos do Brasil levaram a grandes atrasos nos carregamentos da nova safra de açúcar no auge da colheita, quando a demanda internacional estava forte, contribuindo para uma elevação dos preços do açúcar, no mercado futuro, a máximas de 30 anos.

"As companhias brasileiras estão investindo em sistemas logísticos, e a infraestrutura do País melhora a cada ano", disse Barros de Mello à Reuters. "Porém, o País tem muitas oportunidades para mais investimento e assegura bons retornos de investimentos em projetos de infraestrutura, beneficiados pelo aumento das exportações de açúcar", acrescentou.

Barros de Mello disse que a colheita de cana no centro-sul do Brasil sofreria atraso de uma semana devido à cana de baixa qualidade desta primeira etapa. "Dado que não sobrou muita cana do ano passado e a produção de cana pode ser facilmente moída durante a temporada normal, as usinas estão preferindo adiar o início para alcançar ganhos de produtividade com a semana extra."

Barros de Mello disse que espera moagem de cana de 560 milhões t no centro-sul do Brasil, principal área produtora do País, para a temporada 2011/12, e a produção de açúcar deverá atingir 33,9 milhões t.

Ele prevê que o mix do açúcar na próxima temporada vá aumentar de 44,80% no ano anterior para 45,60%. Isso significa que o mix do etanol na safra vai cair para 54,4% em 2011/12. As usinas brasileiras devem maximizar a produção de açúcar em 2011/12, pois a commodity tem atualmente um prêmio em relação ao etanol, segundo ele.

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Fonte:
Reuters

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