Fracassa proposta para fim a subsídio ao etanol nos Estados Unidos

Publicado em 15/06/2011 08:12
Uma proposta legislativa para eliminar os créditos tributários ao etanol nos Estados Unidos, assim como as tarifas sobre a importação do produto, não foi aprovada ontem (14) em votação chave no Senado do país. Mas existe um sentimento de que os subsídios devem acabar até o final deste ano, quando expira o prazo dado por lei para a concessão da ajuda ao setor. O principal argumento é que os subsídios têm peso importante no enorme déficit do país

A emenda do senador republicano Tom Coburn não conseguiu obter os 60 votos necessários para que fosse incluída em um projeto de lei da Casa.

Uma mudança na tarifa de importação, por exemplo, poderia beneficiar o Brasil, segundo produtor de etanol após os Estados Unidos.

A votação ocorreu num ambiente em que os Estados Unidos buscam formas de reduzir os gastos, ao mesmo tempo em que aumenta a crítica global aos subsídios ao etanol à base de milho, um produto alimentício. Ao final, foram 59 votos contrários e 40 a favor da emenda.

Enfrentando grande oposição dos parlamentares de Estados agrícolas dos EUA e da indústria de etanol, já era esperado que a proposta enfrentaria dificuldades para obter os 60 votos necessários.

Mas diante dos ataques aos subsídios ao etanol, houve especulações de que a proposta contra os créditos tributários e tarifas poderia ser aprovada. Previamente à votação, a senadora democrata Dianne Feinstein disse que o apoio à medida foi reduzido pela maneira apressada com que a proposta foi trazida ao Senado. "Eu acredito que, se não fosse pelo processo, poderíamos ter tido os 60 votos", disse Feinstein, co-responsável pela proposta com Coburn.

O senador norte-americano Saxby Chambliss (Partido Republicano, da Geórgia), que durante muito tempo apoiou o crédito tarifário ao etanol nos Estados Unidos, afirmou ontem que o subsídio tem de acabar no fim do ano."Não pretendo apoiar uma extensão do crédito tarifário depois que ele expirar no fim deste ano", disse.

Califórnia

Enquanto isso, uma proposta do Estado da Califórnia de reduzir as emissões de carbono na queima de combustíveis fósseis durante a próxima década pode aumentar a demanda por etanol do Brasil. O Estado está tentando reduzir a intensidade das emissões no transporte em pelo menos 10% até 2020, de modo que companhias misturadoras de combustíveis serão forçadas a consumir mais biocombustíveis, que resultam em menos carbono.

O etanol de cana-de-açúcar, produzido no Brasil, é o combustível mais ameno neste aspecto entre os disponíveis comercialmente.

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Fonte:
DCI

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