Oferta de etanol deve continuar apertada, diz executivo da Raízen
“O setor busca sinais claros do mercado e os investimentos estão baseados nos fundamentos da demanda e oferta no longo prazo. Não vejo um excesso de oferta no próximo ano. A oferta deve continuar curta”, afirmou o executivo. Ele ressalta que a alta do etanol é fruto de duas safras que sofreram com eventos climáticos adversos.
A Raízen, fruto de uma joint venture formada pelos grupos Cosan e Shell, entrou em operação no dia 1º de junho e é a maior produtora de etanol do país. A empresa já nasceu com recursos de US$ 7 bilhões a serem investidos até 2015.
Segundo Lyra, o cenário internacional de aversão ao risco não muda os planos de investimentos da empresa, que quer quase dobrar o processamento de cana-de-açúcar para cerca de 100 milhões de toneladas até 2015. Isso deve gerar cerca de 5 bilhões de litros de álcool. A produção atual da companhia hoje alcança 60 milhões de toneladas de cana e 2,2 bilhões e litros de etanol.
A alta do dólar também não deve alterar os projetos da empresa. Lyra acredita que o momento é de volatilidade e que ainda é cedo para traçar um cenário consistente sobre o câmbio. “Mas se continuarmos nesse ritmo podemos ter nossas exportações favorecidas”, enfatiza o executivo.