Mudança na estrutura do MAPA pode prejudicar setor sucroenergético

Publicado em 27/09/2011 10:51
O setor sugroenergético analisa com ressalva as mudanças internas que estão ocorrendo na estrutura do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Dentre as alterações em curso, pode ser extinta a atual Secretaria de Produção e Agroenergia - responsável pela cana de açúcar e pelo café. Na avaliação da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), a iniciativa desprestigia o segundo maior exportador nacional de produtos agropecuários, bem como vai em direção contrária à política de incentivo à produção da matéria-prima do etanol.

De acordo com o presidente da Unida, Alexandre Andrade, os produtos oriundos da cana só ficam atrás dos derivados da soja. No ano passado, segundo informações da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, foram exportados cerca de R$ 13,7 bilhões em itens do complexo sucroenergético. “A cana é responsável por 18% da participação financeira dos produtos agrícola e pecuária exportados no Brasil”, diz, ressaltando que não entende o porquê de extinguir uma secretaria que administra tão bem a produção da cultura no País.

Outro ponto de questionamento do setor sobre a possível extinção da Secretaria está relacionado à política nacional de incentivo da cultura da cana que é responsável pela produção de etanol. “O governo federal implementou várias políticas públicas para estimular e ampliar a produção do biocombustível, portanto, acredito que todas as ações do governo, deveriam caminhar na mesma direção”, defende, exemplifica a recente publicação no Diário Oficial da União, da lei que regulamenta as atividades econômicas da indústria de biocombustível.

A preocupação dos representantes do setor sucroenergético com relação à extinção da Secretaria de Produção e Agroenergia começou a partir da declaração do próprio ministro do Mapa, Mendes Ribeiro, à imprensa. “Ele, que após assumir recentemente a pasta, revelou que planeja realizar uma grande mudança na estrutura do Ministério. “Tememos que esta reformulação atrapalhe o desenvolvimento atual e de futuro do segmento da cana de açúcar no Brasil”, conta.

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Fonte:
AI Unida

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