Moagem do Centro-Sul perde força e atinge 23,40 milhões de toneladas na 1ª quinzena de outubro

Publicado em 26/10/2011 13:06
O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil somou 23,40 milhões de toneladas na primeira quinzena de outubro, queda de 10,76% comparativamente ao mesmo período da safra 2010/2011, e retração de 36,39% em relação à última quinzena de setembro. No acumulado desde o início da safra até 16 de outubro, a moagem totalizou 436,54 milhões de toneladas.

Para o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “o ritmo de produção está dentro do que esperávamos, as chuvas no início de outubro e o encerramento de safra por 46 usinas explicam esse menor volume de cana processada na primeira quinzena deste mês”. Essas unidades produtoras que encerraram a moagem da safra 2011/12 nos primeiros quinze dias de outubro foram responsáveis por 11,50% do volume de cana processado no Centro-Sul na safra passada, acrescentou o executivo.

A UNICA, em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e os demais sindicatos e associações de produtores, deverá concluir o levantamento de dados junto às unidades produtoras e as análises estatísticas para a revisão da estimativa de moagem na safra 2011/12 nos próximos dias. Os resultados devem ser divulgados na terça-feira, dia 1º/11.

Qualidade da matéria-prima

Na primeira quinzena de outubro, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 159,40 kg, recuperação expressiva em relação aos 142,50 kg verificados no início de outubro de 2010. No acumulado desde o início da safra até 16 de outubro, a concentração de açúcares por tonelada de matéria-prima atingiu 137,70 kg, retração de 2,66% comparativamente ao índice verificado na mesma data na safra 2010/2011.

Segundo o diretor da UNICA, “o aumento significativo do ATR nas últimas quinzenas superou as nossas expectativas; esse aspecto vem compensando, ainda que parcialmente, a redução na moagem observada até o momento”.

Mix e produção de açúcar e de etanol

Do volume total de cana processado na primeira quinzena de outubro, 50,62% foi utilizado para a fabricação de etanol. Nesse período, a produção de etanol somou 1,11 bilhão de litros, sendo 636,40 milhões de litros de etanol hidratado e 470,00 milhões de anidro. Já a produção de açúcar totalizou 1,75 milhão de toneladas nos primeiros quinze dias de outubro.

“A produção de etanol anidro continua intensa, apesar da queda de 10,76% na moagem de cana, o volume produzido de anidro nesta quinzena ficou ligeiramente superior aquele observado no mesmo período de 2010,” comentou Rodrigues

No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol atingiu 18,19 bilhões de litros, sendo 11,10 bilhões de litros de hidratado e 7,09 bilhões de litros de etanol anidro, crescimento de 18,15% em relação ao volume de anidro produzido na mesma data da safra passada.  Já a produção de açúcar alcançou 27,73 milhões de toneladas, queda de 3,08% em relação à safra 2010/2011. Para Rodrigues, “apesar do esforço das empresas para cumprir os contratos de  firmados anteriormente, a produção de  açúcar nesta safra ainda é inferior ao volume observado no ano passado”.

Vendas de etanol

As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul acumuladas de abril até 16 de outubro somaram 11,91 bilhões de litros, 17,92% abaixo do volume vendido no mesmo período do ano passado. Deste total, 10,71 bilhões de litros foram destinados ao mercado doméstico e apenas 1,20 bilhão à exportação. Do montante direcionado ao abastecimento doméstico, 4,10 bilhões de litros referem-se ao etanol anidro e 6,61 bilhões de litros ao hidratado.

 

Nos primeiros 15 dias de outubro, as vendas de etanol atingiram 825,58 milhões de litros, queda expressiva de 30,10% na comparação com o valor observado em 2010 (1,18 bilhão de litros). Do total vendido na primeira metade do mês, 147,51 milhões de litros destinaram-se ao mercado externo, e 678,07 milhões ao mercado doméstico.

 

No mercado doméstico, as vendas de etanol de hidratado atingiram 440,57 milhões de litros e as de anidro 237,50 milhões na primeira quinzena de outubro, queda de 29,38% em relação à última quinzena de setembro devido à redução no nível de mistura do produto na gasolina, que passou de 25% para 20% no início do mês.

Segundo Rodrigues, “o trabalho de monitoramento constante que vem sendo realizado pelo governo, juntamente com produtores e distribuidores, tem facilitado a antecipação dos problemas de safra e as tendências de demanda, dando maior transparência e previsibilidade aos agentes do mercado”. Como resultado, observa-se uma demanda em linha com a oferta esperada de etanol, sem aumentos e reduções abruptas de preço e volume consumido, principalmente nesse período mais próximo da entressafra, concluiu o executivo.

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Fonte:
UNICA

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