Cana: MT precisa de R$ 1 bi
O cenário é um efeito dos acontecimentos que duram há cerca de dois anos, quando a luz amarela se acendeu no segmento sucroalcooleiro estadual como de todo o Centro Sul do país que concentra a maior produção nacional. A ponta do iceberg dos problemas atuais – falta de recursos próprios para expansão da atividade – emergiu ainda no início de 2009, quando o mundo contabilizava os impactos da crise financeira dos Estados Unidos. De lá pra cá, investimentos em novas plantas industriais e na manutenção e ampliação dos canaviais sofreram queda brusca e a oferta, especialmente de etanol hidratado, não conseguiu mais acompanhar o ganho do poder aquisitivo da população e de um Brasil pós-redução do IPI para carros novos. O resultado disso é um produto cada vez mais pressionado pela demanda, em outras palavras, mais caro ao consumidor.
O peso da crise de liquidez divide o segmento em dois momentos: em 2008 a participação de capital estrangeiro no segmento passou de 6% para 22% no Brasil e de 2006 a 2008, 85 novas unidades industriais foram projetadas, mas somente 58 foram finalizadas. Nos dois últimos anos (2009 a 2011) o segmento quase não avançou e as safras de 2012 e 2013 estão comprometidas pela falta de investimento no campo. Especialmente em Mato Grosso, no pós-crise internacional, os usineiros tiveram de “liquidar” a produção de etanol para fazer caixa frente às despesas mensais. Houve a chamada ‘farra’ do etanol, quando o litro pôde ser encontrado na Capital por até R$ 0,99 e média de R$ 1,07. A ‘farra’ engessou e trouxe como conseqüência a descapitalização e a ameaça de uma produção aquém da necessidade e a implacável lei de mercado que eleva preços em cenários sob pressão de demanda, momento vivido atualmente.
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