Argentina: decisão do Brasil de importar trigo dos EUA gera mal estar no Governo

Publicado em 20/03/2019 10:20

A decisão do Brasil de dar uma cota de 750.000 toneladas de trigo para os Estados Unidos sem taxa não caiu bem para o governo da Argentina, que buscará uma solução dentro do Mercosul.

Em 2017, os moageiros do Brasil queriam a abertura de uma cota de 750.000 toneladas extra Mercosul. Neste momento, o governo argentino evitou após uma negociação diplomática com o Ministério da Agricultura.

Agora, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ofereceu ao seu par dos Estados Unidos essa mesma quantidade como cota anual sem taxas. Vale lembrar que o trigo extra Mercosul deve pagar uma taxa de 10%, o que traria uma proteção para a Argentina, principal abastecedor de trigo do país.

Em janeiro, Bolsonaro e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, falaram em seu primeiro encontro de readequar taxas, mas não houve uma definição para o trigo.

"Sempre que o Brasil insinuou a possibilidade de comprar trigo fora do Mercosul, a Argentina se opôs", sinalizou Luis Miguel Etchevehere, secretário de Governo da Agroindústria da Argentina. O funcionário sinalizou que "frente ao ocorrido, vamos avaliar as ferramentas previstar que o Mercosul possui para analisar o caminho que devemos seguir".

Tradução: Izadora Pimenta

Fonte: La Nación

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Trigo/Cepea: Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área pode diminuir
Trigo cai com previsão de chuvas na Rússia estimulando realização de lucros
Trigo tem maior ganho semanal desde o início da guerra na Ucrânia com temores climáticos
Recuperação internacional e dólar sustentam preços domésticos do trigo
UE reduz previsão da safra de trigo 24/25 para mínima de 4 anos