Plantio do trigo está praticamente concluído no RS

Publicado em 26/07/2019 09:34

O plantio do trigo, na última semana, avançou um ponto percentual, alcançando 99% da estimativa inicial de 739,4 mil hectares. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (25/07), as áreas que ainda deverão ser plantadas encontram-se exclusivamente na região de Caxiais do Sul, cujo plantio deve se estender até o próximo dia 20 de agosto, segundo o zoneamento agrícola de risco climático.  

Para esta safra, a estimativa de plantio de canola é de 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. As regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa são Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Bagé. 
    
A área implantada com a cultura da cevada no Rio Grande do Sul é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. A totalidade das lavouras plantadas com cevada no Estado estão na fase de desenvolvimento vegetativo.

A área estimada com o plantio de aveia branca para grão é de 299,86 mil hectares, com uma produtividade esperada de 2.006 mil hectares. De modo geral, 67% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 23% em floração e 10% na fase de enchimento do grão.

O predomínio de tempo bom na semana foi favorável ao crescimento e desenvolvimento das culturas de hortigranjeiros da época. A boa incidência de radiação solar e as temperaturas por vezes amenas favorecem fatores de produção, entre eles os índices fotossintéticos. Por outro lado, a umidade do solo verificada até domingo já é limitante em cultivos sem sistemas de irrigação.

Na região Nordeste do Estado, os produtores realizam o plantio das últimas áreas de olerícolas através de semeadura direta e também o transplante de mudas. Tudo indica que haverá aumento de área cultivada, estimado em 180 hectares no município de Ibiraiaras. Em torno de 90% da área já está plantada e/ou transplantada. Algumas lavouras foram afetadas pelas últimas geadas; assim, produtores se organizam para um possível replantio. Clima e desenvolvimento das culturas estiveram normais na semana.

Em Ibiraiaras, com clima favorável, produtores de alho estão concluindo o plantio. A previsão é que a área cultivada deverá ficar em torno de 15 hectares. Lavouras já plantadas encontram-se em estágio inicial de desenvolvimento vegetativo normal. 

A abóbora cabotiá está com colheita concluída na região Sul do Estado. Ainda há produto armazenado nas propriedades rurais. Os rendimentos ficaram entre oito e 12 toneladas por hectare. Há expectativa de aumento de área cultivada para a próxima safra em virtude dos bons resultados alcançados.

Na região Serrana, as condições climáticas no período caracterizaram-se por dias muito frios, mas com retorno de temperaturas altas no final da semana, alta insolação e ausência de precipitações. Esse quadro favoreceu em muito a sanidade das plantações de citros, a intensificação da coloração e o sabor das frutas de ciclo médio e tardio. 

A produção de morango está satisfatória na região do Alto da Serra do Botucaraí. O clima favorece a cultura, intensificando a produção e o crescimento das plantas, e melhora os aspectos fitossanitários. 

No Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, as variedades precoces de pessegueiro e ameixeira se encontram em floração e início da fase de pegamento de frutos. Seguem atividades de poda e tratamento para podridão parda. 

Em Planalto, no Médio Alto Uruguai, maior produtor da fruta, foram implantados 135 hectares de figo. Os agricultores são orientados sobre manejo sanitário, aplicação de calda sulfocálcica, adubação de manutenção e podas.

No Vale do Taquari, que integra o escritório regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, a cultura da erva-mate está em fase de estabilidade vegetativa, ou seja, sem brotações. Não há registros de ataque de pragas. 

Os campos nativos mostram os efeitos do inverno, apresentando continuada redução da oferta de forragem e da capacidade de suporte. Já as pastagens cultivadas de inverno, que vinham apresentando um desenvolvimento satisfatório no início do ciclo, sentiram as geadas e, na última semana, a diminuição da umidade solo, em virtude do clima mais seco.

Nas áreas exclusivamente com campo nativo, o gado vem apresentando perda de peso, mas ainda mantém uma condição corpórea regular. Nos locais com pastagens cultivadas, observa-se que o escore corporal dos animais é bom. O estado sanitário, no geral, é satisfatório. No manejo reprodutivo, os cuidados com as matrizes em período de gestação ocupam especial atenção.

Os rebanhos leiteiros apresentam bom estado físico e sanitário e vêm aumentando a produção de leite, que terá seu pico em agosto, em função da oferta de pastagens cultivadas no inverno. Os criadores que contam com divisão de potreiros e/ou cerca elétrica realizam, com orientação da Emater/RS-Ascar, o manejo do pastoreio de forma rotativa, com adequação da carga animal, para melhor aproveitamento das forragens pelas diferentes categorias animais. Isto propicia a diminuição de custos com suplementação alimentar. Em consequência do clima, no entanto, as pastagens vêm apresentando menor disponibilidade de massa verde, havendo assim necessidade de aumentar as suplementações com silagem, feno, pré-secado, ração concentrada, em quantidades acima da usual, para manter o volume de leite produzido. 

Os rebanhos ovinos gaúchos continuam apresentando boa condição corporal e sanitária, mesmo nos locais com alimentação exclusivamente à base de pastos nativos. No manejo reprodutivo, o período é de cuidados pré-parto, parição e cuidados com cordeiros, que vêm apresentando um baixo índice de mortalidade e bom desenvolvimento.

O manejo dos açudes e tanques povoados tem registrado condições satisfatórias em relação à época do ano, com casos muito raros de mortalidade de peixes em todo o Estado. Os criatórios não povoados estão sendo preparados para recepção de alevinos a partir do próximo mês.

Na região de Santa Rosa, observou-se turbidez média da água dos rios, com captura baixa de peixes durante a semana. Na região de Pelotas, na Lagoa dos Patos, o período é de defeso. Em São Lourenço do Sul, ocorre falta de pescado e na bacia da lagoa Mirim os níveis mais baixos de água têm ocasionado baixas capturas e baixas ofertas de pescado de origem local. Em Tavares, na lagoa do Peixe, a captura de pescado é satisfatória. Na região de Porto Alegre, no Litoral Norte, a pesca artesanal no mar, em suas diversas modalidades, vem apresentando baixa produtividade.

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Fonte:
Emater/RS-Ascar

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