USDA traz novas quedas na produção Argentina e reduz produção e estoques mundiais

Publicado em 10/04/2018 13:46

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou nesta terça-feira (10) os novos números do boletim de oferta e demanda de abril e trouxe reduções importantes na produção e nos estoques finais no mundo. 

A produção mundial reduziu de 340,9  para 334, 8 milhões de toneladas enquanto os estoques finais recuaram de 94,4  para 90,8 milhões de toneladas.

Para a soja, entre os números da América do Sul, a safra da Argentina foi reduzida para 40 milhões de toneladas, contra 47 milhões projetadas em março. 

Ainda sobre a Argentina, o USDA revisou para baixo também os números dos estoques finais para 28,58 milhões de toneladas e as exportações para 4,2 milhões de toneladas. 

No caso da produção brasileira, o novo dado é de 115 milhões de toneladas - número que veio em linha com o trazido pela Conab também nesta terça-feira (10) - e mais alto do que os 114 milhões do boletim anterior.  

Os estoques brasileiros foram estimados agora em 21,07 milhões de toneladas, 600 mil toneladas a menos do que a projeção de março e, em contrapartida, as exportações nacionais foram corrigidas para cima e estimadas em 73,1 milhões de toneladas.

Soja EUA 

Pouca mudança nos números americanos com redução dos estoques finais de soja de 15,1 para 14,97 milhões de toneladas. O recuo foi motivado principalmente pelo aumento nos esmagamentos (consumo interno) que passou de 53,34 milhões de toneladas em março para 53,61 milhões de toneladas em abril.

Tabela soja USDA - Abril

Milho EUA

No cenário norte-americano, o USDA trouxe um aumento dos estoques finais de milho do país, os quais foram estimados em 55,43 milhões de tonelada contra 54,03 milhões de toneladas de março.
 
Os demais números vieram em linha com os projetados no relatório passado.
 
Milho América do Sul
 
O USDA diminuiu  também a safra de milho da Argentina, que caiu de 36 para 33 milhões de toneladas. Os estoques finais foram reduzidos de 5,27 para 3,98 milhões de toneladas e as exportações caíram para 24 milhões de toneladas, contra 25 milhões do boletim de Março. 
 
No quadro brasileiro, recuo na produção de 94,5 para 92 milhões de toneladas, redução nos estoques finais de 11,42 para 10,92 milhões e diminuição também nas exportações para 33 milhões de toneladas.
 
Milho Mundo
 
No cenário global, destaque para nova correção para baixo dos estoques finais de 199,17 para 197,78 milhões de toneladas.

 

Tabela Usda para o milho em abril

USDA corta estoques de soja dos EUA, mas vê maior reserva de milho e trigo (na Reuters)

WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira uma revisão surpreendente em suas estimativas, cortando a previsão de oferta doméstica de soja, já que boas margens têm levado processadoras a aumentar o esmagamento.

O governo aumentou seu panorama para os estoques finais de trigo e milho, refletindo uma diminuição na demanda por ambos os grãos no setor de rações.

Os futuros da soja chegaram a subir a uma máxima desde 9 de março depois da divulgação do relatório. O milho e o trigo, por sua vez, permaneceram em território negativo.

Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estimou os estoques finais de soja para o ano-safra 2017/18 em 550 milhões de bushels, 5 milhões a menos ante a previsão de março.

O USDA aumentou as estimativas para a soja usada para moagem em 10 milhões de bushels, para 1,970 bilhão de bushels. O USDA não mudou sua previsão para as exportações de soja dos EUA, deixando-as em 2,065 bilhões de bushels.

Analistas esperavam estoques finais de soja em 574 milhões de bushels, tendo por base uma média de estimativas de uma pesquisa da Reuters.

Apesar da previsão menor do USDA, os estoques finais da soja ainda devem ser os segundos maiores já registrados.

O USDA também cortou sua estimativa para a safra de soja da Argentina em 7 milhões de toneladas, para 40 milhões de toneladas, e reduziu seu panorama de exportação para o importante fornecedor sul-americano em 2,60 milhões de toneladas, para 4,20 milhões de toneladas.

"Estamos tendo algum benefício com o que está acontecendo com a venda da safra (de soja) da Argentina, mas o suficiente para compensar negócios de exportação que perdemos na primeira metade do ano-safra", disse Arlan Suderman, analista da INTL FCStone.

A expectativa de colheita no Brasil cresceu para 115 milhões de toneladas, ante 113 milhões de toneladas. As exportações brasileiras foram colocadas a 73,10 milhões de toneladas, 2,60 milhões a mais do que o esperado em março.

Para o milho, o USDA elevou sua perspectiva de estoques domésticos finais para 2,182 bilhões de bushels, ante 2,127 bilhões em março.

O governo dos EUA reduziu sua estimativa para as safras de milho do Brasil e da Argentina e disse que a redução da concorrência deve impactar as exportações dos EUA durante a primeira metade do ano comercial 2018/19.

Para o trigo, os estoques finais norte-americanos foram elevados para 1,064 bilhão de bushels, contra 1,034 bilhão de bushels anteriormente.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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