Investimento em boas práticas diferencia produtores do PR em tempos de seca
A safra de soja 2018/19 no Paraná foi uma das mais imprevisíveis dos últimos anos. Os altos e baixos ao longo do ciclo de produção deixaram muitos produtores apreensivos com os resultados.
Contudo, esta situação também ajudou a destacar o trabalho daqueles que investiram nas boas práticas agronômicas.
Foi assim na propriedade de Márcia Piati. Professora de formação, Piati assumiu os negócios da família após a morte do pai em Céu Azul (PR).
Nas áreas pertencentes à produtora, foi desenvolvido um plano de recuperação das áreas e, até agora, 85% dos 430 hectares da propriedade foram recuperados. São mais de 1000 horas de máquinas trabalhando e um investimento que soma R$370 mil.
Esse investimento, além de recuperar as curvas de níveis, também colaborou para devolver ao solo a fertilidade levada pelas erosões. E isso já fez a diferença em um ano no qual tanto o excesso de água durante o plantio quanto a falta dela no enchimento de grãos foram sérios problemas na safra.
O Notícias Agrícolas também visitou o município de Santa Terezinha de Itaipu (PR), onde há outro exemplo de propriedade que investiu em boas práticas agronômicas.
Na propriedade de Juliano Gamba, foram cultivados 450 hectares de soja, com plantio entre 15 de setembro e 15 de outubro. Foram utilizadas cinco variedades bem distribuídas entre ciclos precoce, médio e longo, justamente para evitar plantas em um mesmo estágio de desenvolvimento e ainda testar o potencial produtivo destas.
Antes do plantio, análises de solo em todos os talhões garantiram a reposição adequada dos nutrientes. Houve, ainda, cuidado no tratamento de sementes e adição de inoculantes.
E o resultado se mostra em forma de lavoura que, apesar de terem recebido metade das chuvas que costumam ocorrer em dezembro e janeiro, ainda sim, conseguiram manter um bom potencial produtivo.