China quer a soja sustentável de MT. Programa Soja Plus receberá investimento chinês

Publicado em 09/12/2015 15:19
Missão chinesa em MT de olho na soja convencional produzida no Estado. Mas para viabilizar produção é preciso valorizar e remunerar o produtor.

Comitiva chinesa conhece agricultura de Mato Grosso

Grupo formado por representantes da indústria, ONGs e produtores rurais visitarão também propriedades rurais

Ascom Aprosoja

Uma comitiva chinesa visitou a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) nesta terça (08), em Cuiabá. Representantes da indústria de óleo e farelo de soja, organizações não-governamentais, como a Solidariedad, a TNC e a WWF, instituto de estatística agrícola Polson e da Associação Chinesa de Soja vieram conhecer a agricultura do Estado pelo viés da sustentabilidade.

“Os chineses querem entender como fazemos agricultura em Mato Grosso e saíram desta reunião bem impressionados com o que os produtores rurais daqui vem fazendo no campo”, diz Ricardo Arioli, consultor da Aprosoja. Durante a manhã, o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio, fez uma apresentação sobre as projeções para o agronegócio até o ano de 2025. Arioli também explicou sobre o agronegócio e sustentabilidade, apresentando o programa Soja Plus.

O chefe da delegação chinesa, Liu Denggao, da Associação Chinesa de Soja, lembrou que o mundo está em rápido desenvolvimento e que as parcerias são importantes para o desenvolvimento dos países. “É importante lembrar que a soja é um das commodities que mais cresce no mundo e o Brasil é o país exponente, que tem terra e água para produção de alimentos. Já a China está em rápido desenvolvimento e precisa deste mercado”, afirma. A associação representa sete empresas chinesas de soja, que importaram 20 milhões de toneladas de grãos neste ano.

Soja Plus – Os empresários e os representantes do terceiro setor ficaram satisfeitos com as informações repassadas sobre o Soja Plus, que é programa de gestão da propriedade que auxiliar os produtores rurais com qualificação para o cumprimento das legislações ambiental e trabalhista brasileiras. O consultor Ricardo Arioli também falou sobre as Áreas de Preservação Permanente (APP), o Cadastro Ambiental Rural (CAR), entre outros. Os chineses também questionaram sobre o custo de produção da soja, a fabricação e importação de agroquímicos, a rotação de culturas. Ricardo Arioli falou sobre.

A comitiva tem ainda compromissos com o governo estadual e seguem para a cidade de Lucas do Rio Verde, na região Norte, para conhecer uma propriedade rural.

Na Folha de S. Paulo: Crise brasileira atrapalha combate ao desmatamento, diz Marina Silva

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse na COP21 que a crise política e econômica do Brasil estão colocando em segundo plano os temas ambientais estratégicos em debate em Paris.

Marina criticou a falta de continuidade e aprofundamento de políticas criadas na sua gestão como ministra, como o PPCDAM (Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento). Para ela, o desmatamento aumentou 16% num momento "em que jamais isso poderia ter acontecido", justamente quando o país assumiu o compromisso de reduzi-lo.

Ressaltou que a taxa de destruição deu um salto num momento em que a economia brasileira está em recessão, sendo que a redução de mais de 80% ocorrida anteriormente, de 2005 para cá, coincidiu com taxas de aumento do PIB de 4%-5%.

Marina disse que o governo precisa ter "tolerância zero" com o desmate ilegal: "O que é ilegal não tem como ter prazo de validade", afirmou, referindo-se à meta brasileira de zerar só em 2030 as derrubadas feitas contra a lei.

"Esse dado está colocado desde sempre. Desde que se tem um governo de coalizão que não tem força de sustentação no Congresso, a agenda indígena, a agenda ambiental, a agenda de direitos humanos foi sempre colocada como moeda de troca."

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo

Na Folha de S. Paulo: Mato Grosso estabelece meta de zerar desmatamento ilegal até 2020

O governo de Mato Grosso anunciou nesta segunda (7), em Paris, um plano ousado para diminuir as emissões de carbono do Estado. A meta que mais chamou a atenção foi a de desmatamento: zerar derrubadas ilegais até 2020.

O objetivo é mais ambicioso que a proposta do governo federal na COP21, que fala em acabar com o desmate ilegal apenas em 2030. E o custo do plano de MT é salgado: US$ 10 bilhões (R$ 39 bilhões) ao longo de 15 anos.

"Só com dinheiro do Estado não vamos conseguir. Precisamos do setor privado", diz o governador Pedro Taques.

Taques, do PSDB, afirma que a devastação cairá no Estado mesmo sem investimentos privados, ainda que não na proporção esperada. "Só comando e controle [fiscalização] não dá", diz ele.

Mato Grosso teve uma das altas mais acentuadas no deflorestamento em 2014-15. Na Amazônia legal, a taxa de aumento foi de 16% (para 5.831 km², mais que o triplo da área do município de São Paulo), enquanto no Estado o salto foi de 40% (para 1.508 km²).

Leia a notícia na íntegra no site da Folha de S. Paulo

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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Que coisa, não? A Aprosoja, ou pelo menos seu consultor ambiental, concordam com a santinha da floresta, Marina Silva !!!... Agora, seria urgente que os produtores rurais mandassem representantes para a França, que voltariam dizendo "que as francesas são bonitas, mas não tomam banho". Acho que esses comunas deviam tentar exportar mulher feia para a França, e importar as bonitas, para tornar o mercado mais igualitário... Brincadeira, né amigos? É só esculachando um negócio desses para tentar escrever qualquer critica à esse assunto. Senão vejamos, junto com ONGs ambientalistas, a Aprosoja quer vender um "plus", algo a mais, aos compradores de soja. Pois bem, e o que é esse "plus"? Ora, apenas o fortalecimento do poder do Estado sobre todos os produtores. Qual o objetivo disso? Os Chineses, os Franceses vão pagar pelos 80% que devem ser conservados intactos, virgens e puros como Marina Silva. Quem em sã consciência -- que não esteja pensando usar o Estado para se dar bem -- pensa ser razoável comprar 1.000 ha e só poder desmatar 200? Isso é uma desproporção monstruosa. E o que faz a Aprosoja? Em vez de contestar, peitar Marina Silva e os ecologistas de araque, tentam iludir o produtor de que os Europeus vão pagar mais caro pela soja brasileira, do que pela soja americana ou argentina, porque os brasileiros resolveram inviabilizar uma grande fonte de riqueza de prosperidade, para, enfim, satisfazer os desejos de uma elite paraestatal, dirigente do mundo (a Europa importa a mesma quantidade de soja hà pelo menos 10 anos, e não vai haver aumento nesse volume nos próximos anos), mesmo que isso signifique deixar de produzir milhões de toneladas de alimentos. Definitivamente não acredito que a finalidade disso seja a melhoria da renda do produtor, são outros interesses, talvez inconfessáveis. Lembro aos senhores que, hoje, Blairo Maggi, no senado, estava meio que "em dúvida" sobre o impeachment de Dilma.

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    • Rogerio mendes lopes Morrinhos - GO

      Concordo contigo,diziam na década de 70 e 80 que os gringos iriam tomar a Amazônia ,e não é que consignaram !!Consiguiram ainda,um desconto,além dos 80% da Amazônia,levaram como brinde 20 à 35% do cerrado!!!Que piada é esse código florestal!!!

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    • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

      Tem coisa neste mundo que só se explica pelo pixuleco. Eu sou da opinião que , se quiserem impor restrição ao nosso sistema de produção, que antes adotem as mesmas medidas nos seus países de origem. Se querem mata ciliar, que as tenham na Europa. Se querem reserva legal, que as façam por lá. A Holanda , berço dos ecodebilóides, é um imenso aterro sobre o mar e brejos drenados. Um país fadado a desaparecer se houver uma mínima elevação do nível dos mares. Não existe floresta nativa na Europa. Não existe mata ciliar ou reserva legal. Admitir imposições ambientais destes países é crime de lesa pátria. Já disse aqui e vou repetir: esqueçam a europa. O que eles consomem num ano é menos do que a China aumenta de importação no mesmo ano. Os ditos representantes devem dizer que podemos produzir o que os compradores quiserem, mas que o preço será determinado pelo livre mercado. Se querem soja cor de rosa, paguem o suficiente e alguém vai produzir. Se querem soja orgânica, digam o preço que vão pagar, e se for interessante, alguém vai plantar. Agora, vir aqui e dizer que querem isso e aquilo e que vão pagar a tabela de Chicago, então vão catar coquinho na descida. Por que não plantam soja na terra deles? Plantem por lá , oras. Tem tecnologia para isso, desenvolvam variedades adaptadas. se conseguiram fazer um país no brejo fedido, que produzam soja.

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    • LUIS ALBERTO GROHE Assis Chateaubriand - PR

      Em parte, concordo com os comentários acima. Sou Engº Agrº e agricultor em Assis Chateaubriand-PR. Atuei em cooperativas e cerealistas e hoje sou Consultor. Por várias ocasiões, viajei a europa e conheço, um pouco, a realidade de lá. Vamos aos fatos: Em 2008, quando se iniciava o plantio de soja transgênica RR, o mercado europeu pagava R$ 5,00 a mais, num soja que valia no mercado brasileiro, em média R$ 50,00 (US 29,00/sc 60 kg). Decorridos 7 anos, o mercado europeu e japonês continua interessado neste soja "convencional", cujo volume produzido, atualmente é reduzido no país. Pergunto: 1.Se existe interesse dos compradores por este soja "convencional" produzido de maneira "sustentável", dentro das regras impostas pelo Código Florestal, por que não atendê-los, pois são divisas ao Brasil, para inclusive, melhorar a tão famigerada balança comercial. 2. Estamos fazendo a lição de casa, a partir do CAR e Geo, procurando atender também as exigências sanitárias na exportação, por que não receber este "plus", por este diferencial no nicho de mercado? 3. Que cada país na europa, procurem atuar naquela atividade agropecuária em que são mais competentes, por exemplo, leite na Holanda. 4. Se precisarem de farelo de soja (não transgênico), forneçamos também, se assim nos for viável. 5. Por enquanto, somos um país em desenvolvimento, tradicional produtor de matéria prima. Assim sendo, enquanto o Brasil não acordar, industrializando-se e transformando esta matriz, melhorando a infraestrutura e logística, bem como as relações comerciais, continuaremos a ser coadjuvantes e teremos que aceitar certas "regras do mercado". Derivando um pouco, a presidanta Dilma, noutro dia, deixou uma comitiva do Japão, esperando 4 horas numa audiência marcada previamente. Isto é um verdadeiro "chute no saco". Precisamos sim, mudar de mentalidade, acabar com os corruPTos e a incompetência, transformando o Brasil no celeiro do agronegócio do mundo. O tema é polêmico, mas merece considerações.

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