Deputados do agro são punidos por defender o agro

Publicado em 07/12/2016 11:01
Entidades do setor se manifestam para explicar a tentativa dos parlamentares de conter os excessos dos promotores ambientais. Entenda a posição dos deputados, com a entrevista de João Batista Olivi com Luiz Carlos Heinze.
Confira a entrevista de Luis Carlos Heinze - Dep. Federal - PP/RS

No Insituto Pensar Agro, em Brasília (DF), que congrega entidades do setor do agronegócio e a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), o jornalista João Batista Olivi, do Notícias Agrícolas, conversou com o deputado federal e vice-presidente da FPA, Luis Carlos Heinze (PP-RS), a respeito da confusão de comunicação que gerou a votação das medidas anticorrupção no Congresso Nacional, "onde deputados tentaram defender o agro e foram punidos".

Heinze explica que os deputados "votaram em cima de injusiças a produtores rurais brasileiros e não contra a Lava Jato", diz, em relação à medida que vai contra o abuso de autoridade. "É uma defesa que fizemos a favor do produtor rural brasileiro, mas a classe não tem entendido".

Ele pede para que os produtores rurais saibam separar as questões, lembrando que "uma coisa é a defesa do produtor", se referindo a questões como o banimento de defensivos por parte do Ministério Público e também por conta da Questão Indígena, na qual os ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) vinham cassando as liminares de reintegração de posse.

Os deputados pedem, agora, que as entidades ligadas ao agronegócio, como a CNA, a Aprosoja, a OCB, entre outras, se posicionem a favor dos deputados e realizem um esclarecimento para a sociedade rural.

Ele lembra que teme uma ditadura por parte do Ministério Público e do poder Judiciário. Aponta, também, a necessidade de serem discutidos os altos salários dos três poderes, uma vez que 80% dos juízes federais brasileiros possuem salários acima do teto.

Pede, também, para que o projeto votado na Câmara não seja confundido com uma lei contra o abuso de autoridade que tramita no Senado Federal, desarquivada por Renan Calheiros (PMDB-AL), que levou a população às ruas no último domingo (4).

Por fim, lamenta o dia e o horário da votação da lei - que coincidiu com o acidente ocorrido com o avião da Chapecoense, o que gerou mais indignação por parte da sociedade.

Por: João Batista Olivi
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mapa e Farsul traçam medidas emergenciais para agropecuária gaúcha
Lula: com enchentes no RS, Brasil pode ter que importar arroz e feijão
Assembleia da Fetag-RS conta com participação do STR Passo Fundo
Seca e focos de incêndio colocam Mato Grosso em alerta
Frigoríficos do Sul se unem para contornar caos de enchentes; alguns começam retomada