Com investimentos em tecnologia, perspectiva é de alta produtividade na produção de mel em Santa Catarina

Publicado em 03/04/2017 11:15
Confira a entrevista com Ivanir Cella - Vice Presidente da FAASC e Coordenador de apicultura da Epagri
Rendimento médio pode chegar até a 100 kg de mel por km² nesta temporada. Apicultores realizam a colheita da safrinha nesse momento. Estado é maior exportador de mel do país e 3º maior produtor nacional. Preços giram em torno de R$ 12,00 a R$ 13,00 o quilo aos produtores.

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Ivanir Cella - Vice Presidente da FAASC e Coordenador de apicultura da Epagri

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Em Santa Catarina, os apicultores estão em plena colheita da produção de mel. A safrinha, colhida entre março a maio, representa 30% da safra total do estado. O estado é o maior exportador brasileiro de melhor e 3º maior produtor nacional.

O vice-presidente da FAASC (Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina) e coordenador de apicultura da Epagri, Ivanir Cella, destaca a boa produtividade registrada nesta safra, de 68 kg de mel por km², contra a média brasileira de 4,25 kg. “Mas acreditamos que o rendimento possa passar de 100 kg de mel por km²”, destaca.

Ainda segundo a liderança, o bom resultado é consequência dos investimentos realizados pelos apicultores. “O Brasil não faz uso de produtos químicos, por isso, nosso produto tem a certificação de mel orgânico e mesmo com uma supersafra tem um bom preço, pois há a procura dos mercados internacionais. Inclusive, conquistamos várias premiações internacionais”, reforça Cella.

Atualmente, o quilo do mel é cotado entre R$ 12,00 a R$ 13,00, considerados bons patamares pelo vice-presidente. Contudo, Cella afirma que, é preciso aliar ganho de produtividade e qualidade na produção para garantir a rentabilidade.

Investimento em tecnologia

Em parceria com o Governo, as entidades do setor buscam levar conhecimento aos produtores do estado. E, recentemente, foram entregues aos apicultores 450 princesas (abelhas rainhas que não passaram pelo processo de fecundação) para 60 famílias do oeste de Santa Catarina.

“Pensamos que deveríamos melhorar geneticamente os planteis de abelhas, que continuavam com a mesma genética. E, com o subsídio do Governo, conseguimos substituir uma rainha velha ou pouco produtiva por uma melhor”, diz Cella.

Pragas e doenças

O cenário também contribuiu para a redução no número de abelhas mortas. Em 2011, o estado perdeu mais de 100 mil colmeias por vários fatores, como pragas, doenças e mau manejo.  “Nossa abelha está criando resistência ao Acaro Varroa que tem gerado prejuízos nos últimos anos. Hoje, nossa perda está próxima de 10%”, finaliza a liderança.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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