Alysson Paolinelli diz que estamos numa encruzilhada, e que precisamos encontrar um caminho, urgente...

Publicado em 27/07/2018 16:13
Diante do desalento, fomos ouvir o "aconselhamento" do ex-ministro Alysson Paolinelli
Alysson Paolinelli - ex-ministro e decano da Agricultura

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Entrevista com Alysson Paolinelli - Presidente Executivo da Abramilho

 

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Durante o Global Agribusiness Forum (GAF), o jornalista João Batista Olivi, do Notícias Agrícolas, conversou com o presidente executivo da Abramilho, Alysson Paolinelli, a respeito da situação do país neste momento.

Ele, que é ex-ministro da Agricultura, diz ver a situação com "preocupação". Para ele, nunca tivemos tantas oportunidades como tivemos agora, com conquistas de mercado e de conhecimento, mas que "não está vendo de forma clara onde o país é gerado".

Para Paolinelli, grande parte da população brasileira está desalentada. O Brasil hoje, de um lado, mostrou o seu potencial, avalia ele, mas, no entanto, há uma "bagunça interna na administração pública".

Confira a entrevista completa no vídeo acima.

General alerta para apreensão de militares se houver indulto a Lula (em O Globo/O Antagonista)

O general Augusto Heleno, um dos principais conselheiros de Jair Bolsonaro, afirmou que a possibilidade de um indulto a Lula geraria “apreensão” nas Forças Armadas, informa O Globo.

“Vejo com preocupação decisões com relação ao Lula que fujam do que está na lei. Manobras artificiais, conchavos e artimanhas que sejam montadas para favorecer gente condenada em segunda instância são vistas com apreensão muito grande com relação a consequências que teriam em setores sérios da sociedade, como as Forças Armadas”, disse Heleno.

Já faz tempo que O Antagonista vem noticiando: os militares não veem com bons olhos nenhuma manobra para que, em favor de Lula, não se cumpra a lei.

Nem Lula, nem regime militar (O Antagonista)

O general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, comandante militar do Sudeste, disse que “a lei tem de ser cumprida, independentemente de quem está sendo atingido por ela”.

E mais:

“Não podemos transigir com as leis vigentes, buscando atender a interesses pessoais ou até mesmo político-partidários. Todos nós, militares ou civis, estamos sob o jugo do império da lei”.

Não há atalho para Lula. E não há atalho para o golpe militar.

VÍDEO: Deltan critica voto nulo como ato de protesto

Deltan Dallagnol publicou no Facebook um vídeo em que comenta o voto branco ou nulo.

“Será que o voto branco e nulo, como voto de protesto, vai mudar o nosso país?”

Clique abaixo para assistir ao vídeo:

Dia 28 de julho: Dia do Agricultor. Mais um motivo para celebrar, ou lamentar? Por Ciro Rosolem

Talvez tenha sido a greve mais simpática... Adesão total! Um povo que não compreende o alcance dos atos praticados... Com orgulho o “Eu apoio os caminhoneiros” era ostentado em adesivos. E agora José? O que ficou desta greve? Caminhoneiros felizes? Nem tanto. Melhoria no transporte? Definitivamente não. População melhor atendida? Não, certeza absoluta.

Aparentemente se resolveria tudo um o tabelamento de fretes. Já se disse que para todo problema sério há uma solução simples, barata e...errada. Pois é, mais uma vez fomos por aí. Tabelamento nunca resolveu, não adianta, temos experiência histórica com isso, desde antes das “viúvas do Sarney”, lembram-se? Confisco de bois no pasto, lembram-se? Mas, o que tem tudo isso a ver com a greve dos caminhoneiros? Não foi tudo resolvido com o tabelamento? Vejamos.

Alguns exemplos da solução fácil do tabelamento de fretes: em Mato Grosso, somente um terço do adubo para a próxima safra foi entregue até agora, comparando-se com o ano passado; na Bahia, a situação não é diferente; no Paraná encontra-se comprometida 40 % da distribuição de insumos, incluindo os corretivos e fertilizantes; não há espaço para o milho colhido em segunda safra, pois a soja que deveria ter sido transportada ainda ocupa os armazéns. Tudo isso a menos de dois meses do início da safra. É bom lembrar que, tecnicamente falando, corretivos devem ser aplicados pelos menos 60 dias antes da semeadura. A venda futura de soja, um importante mecanismo de financiamento do produtor, está travada. Resultado de tudo isso? Atraso na semeadura, menor produtividade, safrinha de milho comprometida, menor área cultivada e, com certeza, uma safra mais cara. Quem vai pagar? Além do prejuízo dos produtores, os consumidores pagarão mais caro. Mais inflação, mais desemprego no campo.

O tabelamento de frete por quilômetro rodado parece razoável. Só que não. Se for estrada de terra, com barro? Se for asfalto com buracos? Se for carreta? Se for rodotrem? E o retorno como fica? O transportador ganha duas vezes? É impossível prever todas as possibilidades, é impossível tabelar.

E já lá se vão meses...E não se resolve a questão. Os preços que aumentaram nos supermercados não voltaram ao nível pré-greve, nem vão voltar. As consultorias já modificaram, para baixo, a previsão de produção agrícola na próxima safra, o Banco Central já refez, para maior, os cálculos da inflação, e para menos, a previsão de crescimento do Brasil. Certamente os agricultores têm, este ano, um acontecimento a menos para celebrar, assim como os consumidores. Tudo bem, estamos mesmo acostumados a pagar por erros e mais erros do governo. Está sendo apenas mais um. Até quando?

BARRAR O INTRUSO??!! (por PERCIVAL PUGGINA, na GAZETA DO POVO)

A vigilante mídia brasileira se espanta mais com a adesão de uma quarta parte da população às posições conservadoras do candidato Bolsonaro do que com a adesão de um terço dessa mesma população às condutas moralmente corrosivas e economicamente destrutivas de um criminoso condenado, réu em meia dúzia de outros processos cujo denominador comum é a promíscua relação pessoal com grandes empresas que prosperam à sombra do Estado.

Qual o motivo do estresse em que se envolveu o circo político-partidário nacional nas últimas semanas? Tratava-se, visivelmente, de barrar a presença de um intruso, um outsider, uma zebra que entrou no picadeiro eleitoral com ponderável estoque de intenções de voto.

É fácil compreender o desconforto que isso causa. As forças políticas tradicionais, que degustaram os canapés do poder ao longo dos últimos trinta anos não sabem como operar com intrusos. Habituaram-se a atuar como corretoras de votos parlamentares e operadoras de verbas públicas legítima e ilegitimamente coletadas. Todo intruso é risco e todo risco tem preço, sabem os aprendizes do mercado de capitais.

É verdade o que intuem. Bolsonaro é um intruso e, como tal, fator de risco. No entanto, esses mesmos partidos que somam letrinhas para encorpar a sopa, gastaram e continuam gastando seu tempo – e em muitos casos, longo tempo – cuidando de cargos e negócios. Em vez de ouvirem as vozes mais sensatas da opinião pública, de abrirem quadros e mentes para a renovação exigida pela sociedade, em vez de compreenderem seus anseios, fecharam-se no entorno de elites decadentes e, em muitos casos, totalmente desmoralizadas. Deram as costas para os interesses nacionais e para os clamores por responsabilidade e equilíbrio fiscal. Lançaram e deixaram que fossem lançados pela janela dos interesses mais escusos valores monetários duramente produzidos pelo trabalho dos cidadãos. Jogaram e continuam jogando o país no caos. Não ouviram os liberais e se afastaram dos conservadores que, juntos, formam folgada maioria do eleitorado.

Bolsonaro representa um risco? Sim, há risco em toda eleição presidencial. Viver sob esse modelo político é como rodar em estrada esburacada – anda-se devagar e aos solavancos. Pneus estouram. Há candidatos de risco e candidatos sabidamente catastróficos. Quem confia no centrão ou no Ciro “tarja preta” Gomes, não deve atravessar a rua desacompanhado.

Em política, muito do que se é resulta definido pelo que se combate. Reitero ser ainda cedo para opções eleitorais definitivas. Na minha planilha, chegou a hora de marcar quem combate quem e o quê. Isso tem seu lado divertido e seu lado desolador. É divertido observar o descaramento das negociações que distribuem terrenos na lua do poder. É desolador o confinamento da maioria do eleitorado. (Por Percival Puggina).

COMO ACABAR COM O JOGO DE CARTAS MARCADAS DA POLÍTICA BRASILEIRA?

Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal

A democracia brasileira está a serviço do Estado e não dos indivíduos que compõem a sociedade. O processo eleitoral e as instituições ditas republicanas servem para manter a sociedade à mercê e a serviço do Estado. Até então, com raríssimas exceções, pudemos ver que aqueles que buscam penetrar no círculo fechado do poder estatal, para lá vão com o intuito de se aproveitar dele para poderem manter um nível de qualidade de vida superior.

No Brasil, nunca se viu qualquer movimento coordenado para acabar com a escravidão consentida, a submissão sancionada pelas vítimas que tentam manifestar suas vontades através do sistema democrático, sabidamente viciado por instituições pervertidas.

O jogo do poder no Brasil é feito com cartas marcadas, não bastará mudar a retórica, reescrever a narrativa, será necessário colocar a estrutura político-institucional abaixo, para construir sobre ela uma nova matriz, fundamentada em princípios outros, como aqueles que permitem que uma sociedade seja composta de indivíduos livres e independentes, não submetidos, incondicional e indevidamente, à coerção do Estado, mas também não premiados pela indolência do Estado quando alguns desses mesmos indivíduos usam de força ou de fraude para ganhar o que não lhes compete.

Um Estado que tudo pode, precisa de uma sociedade servil que tudo aceita. A luta por liberdade começa com a adequação do papel do Estado e, no Brasil, isso nunca foi feito. O papel de protagonista no cenário socioeconômico brasileiro sempre foi reservado ao Estado e àqueles que o integram ou em torno dele orbitam.

As leis que forjam a dinâmica do nosso sistema político, eleitoral e, por consequência, econômico, são leis anti-naturais, são deturpações propositadas impostas com o objetivo de desumanizar os indivíduos em prol de um corpo e uma mente coletiva, existente apenas como abstração na consciência daqueles que querem deter o poder para dirigir vidas alheias para o seu próprio bem-estar. Isso só é possível se esses, que colocam suas vidas, voluntaria e pacificamente, sob o domínio e o controle do Estado, mantém-se evasivos e alienados do que consiste ter a oportunidade única de existir.

Não fomos premiados por singamias ocasionais para servirmos o Estado. Se não estamos aqui para lutar e viver como seres humanos, como indivíduos racionais dotados de direitos inalienáveis, deveríamos então ter nascido como ratos.

Fonte: NA

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