Solução para terras arenosas, mandioca

Publicado em 20/08/2019 16:26 e atualizado em 20/08/2019 17:26
Copasul estimula o plantio com fecularia própria, visando a melhoria do perfil do solo
Cleiton Simão Zebalho - Engenheiro Agrônomo - Copasul

A mandioca é uma excelente alternativa para diversificação de culturas e proporciona um ótimo rendimento ao produtor rural. No município de Naviraí/MS, os agricultores estão se dedicando a mandioca por conta dos solos arenosos e entrando na rotação de cultura.

De acordo com o Engenheiro Agrônomo da Copasul, Cleiton Simão Zebalho, o principal objetivo dos cooperados é que tenham variedades com ciclos menores para que a colheita seja realizada em menos de um ano. “Também desejamos uma variedade com produtividade boa com 22 a 25 toneladas por hectare e com um rendimento de amido bom”, comenta.

Atualmente, a média de produtividade do amido está em torno de 580 gramas e a expectativa é de aumentar para 800 gramas. “Muitas fecularias da região limitam o pagamento de amido que pagam no máximo de 650 gramas. A copasul paga a concentração de amido e já recebeu mandioca com até 700 gramas”, afirma.

A cooperativa realizou uma parceria com a Embrapa para desenvolver novas variedades que vão beneficiar o campo. “Nossos solos têm baixa fertilidade e que tem de 15% a 18% de argila que beneficia a cultura da mandioca do que na cultura da soja e milho”, destaca.

 Com o processo de afofar o solo, que é uma prática necessária para a colheita, é possível fazer a subsolagem para o solo e quebrar as camadas que estão compactadas. “O produtor já realiza o manejo do solo para o plantio da soja, porém os produtores com tecnologia conseguem fazer a calagem e o gesso antes já que o calcário demora três anos para fazer efeito”, ressalta.

Com relação ao mercado, Zebalho salienta que é muito estável. “Em um ano, a mandioca chegou a ser precificada a R$ 1,17 por gramas, hoje, a cooperativa está pagando em torno de R$ 0,55/g. A mandioca está melhor que o preço da soja na nossa localidade”, aponta.

Por: João Batista Olivi e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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