Demanda por rações pode ser impactada no 1º trimestre de 2021 com a retirada do auxílio emergencial, projeta Sindirações

Publicado em 28/12/2020 14:43 e atualizado em 28/12/2020 17:25
As projeções são otimistas para o setor no próximo ano, mas o primeiro semestre não deve registrar o mesmo crescimento observado no mesmo período que 2020.
Ariovaldo Zani - CEO do Sindirações

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Demanda por rações pode ser impactada no primeiro trimestre de 2021 com a retirada do auxílio emergencial, projeta Sindirações

 

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As projeções da Sindirações apontam que a produção deve encerrar 2020 com recorde de produção com 81 milhões de toneladas, quando somado à produção de sal mineral. Esse crescimento na produção é justificado pelo o efeito da pandemia que elevou o consumo de alimentos no mercado interno e a demanda chinesa por carnes brasileiras. 

No primeiro semestre desse ano, o setor de rações animais registrou um crescimento de 5,2% se comparado ao mesmo período de 2019, somando uma produção de aproximadamente  37,2 milhões de toneladas. É possível que no último trimestre de 2020 tenha um crescimento no consumo de proteínas animais diante das festividades e aumente a demanda por rações ao redor de 5%. 

De acordo com o CEO da Sindirações, Ariovaldo Zani, o valor pago no auxílio emergencial sofreu uma redução no meio do ano e acabou impactando as compras de ração no segundo semestre. “Nossas indústrias registraram um aumento no primeiro semestre de 5%, mas a partir de terceiro trimestre esse crescimento foi de 4,7%, ou seja, uma pequena queda no ritmo”, disse. 

Zani explica que no primeiro trimestre do próximo ano pode ter uma redução na demanda por rações com a retirada ao auxílio emergencial e a alta taxa de desemprego. “Claro, que devemos ter um crescimento em 2021 só que não será na mesma proporção que observamos no primeiro semestre deste ano”, informou. 
O aumento dos preços do milho e farelo de soja impactou nos custos de produção da ração, principalmente com o dólar valorizado frente ao real. “Isso elevou a uma explosão de preços do milho e farelo de soja diante dos insumos nutricionais que são cotados em dólar”, relata. 

Zani reforça que tem oferta suficiente para atender a demanda da indústria da alimentação animal brasileira. “A preocupação com a falta de abastecimento não existe, o que complica são os preços elevados e vamos iniciar o próximo ano com os valores ainda valorizados”, pontua.

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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