Trigo no Cerrado cresceu 110% em 6 anos e há espaço para mais

Publicado em 09/04/2024 13:23 e atualizado em 09/04/2024 17:57
Embrapa destaca produtividade alta do cultivo e benefícios como controle de nematoides
Gilberto Cunha

A triticultura no Cerrado brasileiro tem se revelado uma revolução no agronegócio nacional. Nos últimos seis anos, a área plantada com trigo na região disparou 110%, saltando de 65 mil para 136 mil hectares. Esse crescimento exponencial não apenas evidencia o potencial do Cerrado para a produção do cereal, mas também abre novas perspectivas para os produtores rurais e para a economia do país.

Goiás, Minas Gerais e o Distrito Federal têm se destacado como os protagonistas dessa transformação, com Goiás liderando o ranking de área cultivada, com cerca de 80 mil hectares. As condições privilegiadas do Cerrado, como altitude, clima e solos favoráveis, somadas à produção estratégica na entressafra dos estados do Sul, têm impulsionado o sucesso da triticultura na região.

Especialistas estimam que a região tenha capacidade para cultivar até um milhão de hectares de trigo, o que representa uma boa oportunidade para os produtores que buscam diversificar suas atividades e aumentar a rentabilidade.

O desenvolvimento de variedades adaptadas às condições específicas do Cerrado e o aprimoramento das técnicas de manejo são, porém, desafios que exigem investimentos em pesquisa e tecnologia.

Nesse contexto, a Embrapa e outras instituições de pesquisa têm sido aliadas fundamentais dos produtores. Através do desenvolvimento de variedades adaptadas ao Cerrado e do aprimoramento das práticas de cultivo, essas entidades têm contribuído para o aumento da produtividade e da qualidade do trigo produzido na região.

O aumento da produção de trigo na região contribui para a redução da dependência brasileira das importações. Além disso, a geração de empregos e renda no campo e nas cidades do entorno impulsiona o desenvolvimento socioeconômico regional. A expansão da triticultura na região pode não apenas suprir o mercado interno, mas também abrir portas para a exportação.

Para que essa visão se concretize, é fundamental que haja uma sinergia entre todos os elos da cadeia produtiva. Produtores, pesquisadores, governo e setor privado precisam trabalhar em conjunto, investindo em pesquisa, assistência técnica, infraestrutura e políticas públicas de incentivo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Sistema CNA/Senar participa do Fórum Mundial da Água
Seminário em Brasília discute impactos das enchentes na agricultura gaúcha
AgroBrasília: Expectativas são de quebra de recordes de público e negócios na edição deste ano
ANPII lança Programa Interlaboratorial para a indústria de Inoculantes Biológicos
Ajuda aos gaúchos: SP autoriza a entrada de produtos de origem animal registrados nos serviços de inspeção municipal e estadual do RS