Programas de biocombustíveis com etanol de milho são uma forma de distribuição de renda no campo, afirma analista

Publicado em 17/02/2025 18:58 e atualizado em 26/02/2025 10:18
Conexão Campo Cidade -
Segundo Marcos Araújo, se não houvesse pagamento de R$ 7 a R$ 10 a mais por saca, viveríamos uma grande crise no agronegócio global
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Programas de biocombustíveis com etanol de milho são uma forma de distribuição de renda no campo, afirma analista

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O Conexão Campo Cidade desta semana contou com as participações especiais de Marcos Araújo, analista da Agrinvest Commodites, e Endrigo Dalcin, produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Nova Xavantina. Entre os temas debatidos na edição, esteve a safrinha de milho.

Conforme apontou Dalcin, a colheita da soja ultrapassou um pouco a metade do total em Mato Grosso. A expetactivas são boas, com o clima ajudou em contrapartida de uma safra bastante ruim em 2024/25. Entretanto, a preocupação é com a safrinha do milho, que está ficando atrasada. Segundo ele, para ter uma boa produção na segunda safra de milho, a condição climática durante o mês de abril será fundamental.

Em relação ao mercado, Marcos Araújo afirmou que, no Brasil, apesar de um atraso na janela de plantio e preços altos da ureia, as cotações futuras  do milho são vantajosas para as indústrias de etanol, que pagam cerca de R$ 7 e a R$ 10 a mais do que o preço de paridade de exportação.

Como destacou o analista, a produção de etanol tem sido importante para sustentar os preços do milho e dar rentabilidade para o produtor. De acordo com ele, a expectativa para a próxima safra é que o produtor dos Estados Unidos plante mais milho e reduza a área de soja.

“Hoje aqui no Brasil, um programa de biocombustível é, sim, um programa de distribuição de renda no campo. Se não houvesse esse pagamento de R$ 7 a R$ 10 a mais por saca, nós viveríamos uma grande crise no agronegócio, não só brasileiro, mas também no agronegócio global”, afirma.

Araújo destaca ainda que os Estados Unidos consomem 140 milhões de toneladas de milho por ano para produzir 60 bilhões de litros de etanol por ano. “Se nós não tívessemos o programa de biocombustíveis, os estoques de milho estariam aumentando todo ano 140 milhões de toneladas, o que seria um preço muito baixo do cereal, causando uma crise no agro global”, acrescenta.

Por conta disso, ele acredita que o produtor brasileiro vai se arriscar mais fora de uma janela ideal de plantio, em função de que os insumos já estão nas fazendas, mas ainda é cedo para falar de um pontencial de uma safrinha de 104 milhões de toneladas.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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