Pesquisas e recursos gastos com o carro elétrico desviam foco na busca por eficiência do etanol e dos motores a combustão

Publicado em 20/02/2018 10:47
Além disso, necessitaria de uma infraestrutura de distribuição de energia monumental, dependência de baterias de lítio (recurso não abundante e finito), mineral perigoso à saúde humana. E nos países sem recursos hídricos, a geração de energia elétrica é a carvão, portanto a emissão de CO2 é notória. Com o RenovaBio às portas no BR, o tema deve esfriar mais nas montadoras.

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Pesquisas e recursos gastos com o carro elétrico desviam foco na busca por eficiência do etanol e dos motores a combustão

 

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A busca de estudos por melhor rendimento do etanol e eficiência dos motores a combustão perderam espaço para as pesquisas e recursos voltados na produção dos carros elétricos no Brasil. De acordo com a pesquisadora associada da Unicamp, Carolina Grassi, o carro a combustão tem chance de se tornar eficaz e menos poluente.

“Há uma tendência das indústrias automobilísticas que estão desenvolvendo um veículo movido à célula combustível. Na qual é retirado um hidrogênio presente no etanol e utiliza como energia elétrica, gerando eficiência aos carros elétricos”, explica.

No entanto, os avanços em pesquisas estão começando e ainda precisa melhorar principalmente aos custos. Atualmente, um carro movido a etanol vai emitir 40 g de CO ² equivalente por KM rodado, já um carro elétrico  na Europa chega lançar 140 g por km rodado.

Com o crescimento da produção de veículos elétricos, também aumentou o extrativismo de lítio que são usadas nas baterias dos carros. Assim como o petróleo, o lítio não é um recurso abundante e o mineiro é nocivo a saúde. “Futuramente, nós vamos ter que desenvolver outras tecnologias para ter lítio suficiente para suprir a produção de carros elétricos”, finaliza.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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