Etanol hidratado deve perder espaço no mercado de combustíveis com ciclo 2020/21 mais açucareiro, diz INTL FCStone

Publicado em 22/01/2020 14:37
Analista de mercado destaca que, ainda sim, volume de etanol deve ser alto e rentabilidade do produtor vai depender dos preços de mercado, influenciados por conjunturas econômicas brasileiras e mundiais
Matheus Costa - Analista de Mercado – INTL FCStone

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Entrevista com Matheus Costa - Analista de Mercado – INTL FCStone Sobre o Mercado do Etanol

 

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As perspectivas para 2020 no setor sucroalcooleiro é de um mix mais açucareiro em termos de produção para a safra que vai começar em abril, de acordo com Matheus Costa, analista de mercado da INTL FCStone. De acordo com ele, a empresa ainda está revisando os números, mas é possível adiantar que em termos de produção, o açúcar deve ganhar mais espaço, e em se tratando de consumo, o etanol hidratado deve perder um pouco de espaço no share de consumo de ciclo otto.

Entre as razões para a redução, ele elenca a estimativa de preços mais baixos para o petróleo e também o recuo no câmbio brasileiro. Entretanto, o ciclo otto deve continuar sendo estimulado, consequentemente o consumo de combustíveis, já que a economia brasileira deu sinais de recuparação no ano passado e deve continuar melhoranado, aumentando a venda de carros novos e seminovos. 

Segundo Costa, o que se tem observado é que os elevados patamares de preço do etanol podem estimular algumas usinas a adiantarem o inicio da colheita para março, o que vai depender das chuvas. "Espera-se que a moagem seja um pouquinho acima em março". 

VENDA DIRETA

Para o especialista, a possibilidade da venda de etanol feita diretamente pelas usinas aos postos de combustíveis é uma sinalização para tentar baixar os preços dpo produto. 

"De modo geral, você tem algumas usinas que podem vender direto para os postos, mas sem generalizar. Os centros consumidores perto de usinas não conseguem absorver todo o produto daquela unidade, e ela vai precisar escoar o combustível para outras áreas, ou seja, ela pode continuar com a distribuifdora pou adquirir uma frota própria, o que é pouco provável". 

Por: Guilhreme Dorigatti e Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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