Escalas longas nos frigoríficos, demanda sem novidades no mercado interno , perda de ritmo nas exportações e pressão nos preços da arroba

Publicado em 11/12/2015 12:40
Apesar da demanda fraca, volume de oferta de animais recua e impede quedas muito significativas nas cotações do boi

A semana encerra com preços estáveis para a arroba do boi gordo. Apesar da demanda abaixo do esperado para o período do ano, a oferta de animais vem reduzindo nos últimos dias impedindo quedas significativas nas cotações. Em São Paulo, os negócios acontecem entre R$ 145,00 a R$ 147,00/@ a vista.

De acordo com a analista de mercado da Guide Investimento, Renata Fernandes, o alongamento das escalas que ocorreu na semana passada reflete uma antecipação das indústrias considerando que os últimos quinze dias do ano é um período menos movimentado onde alguns frigoríficos chegam a dar férias coletivas.

"A indústria se antecipou a esse movimento de forma que ela não precisa ter um apetite muito forte nas compras, mas é claro que isso não é de forma geral - existem indústrias isoladas precisando de boi para abater na semana que vem - mas em outras localizadas já temos frigoríficos bem posicionados com escalas já para o ano que vem o que deixa o mercado mais de lado com ligeira pressão no físico", explica Fernandes.

Com isso a tendência é que o mercado fique trabalhando de lado nas próximas semanas com as indústrias aguardando uma definição do que será o mercado em janeiro. Além disso, a analista ressalta que a demanda de final de ano já foi antecipada pelos frigoríficos, e apesar do consumo da população se intensificar nos próximos dias, a demanda das indústrias já ocorreu na virada de novembro para dezembro.

Do lado da demanda, Fernandes considera que o melhor cenário virá das exportações, haja vista que a abertura de novos mercados como China, Estados Unidos e Arábia Saudita deve dar novo fôlego as vendas externas. "Nós vamos continuar bastante competitivos o ano que vem, ganhando novos mercados e ganhando importantes fatias no mercado internacional", considera a analista.

Em 2016, a perspectiva é de pequena melhora na oferta de animais, mas nada suficiente para causar quedas significativas nas cotações.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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