Consumo lento pode levar frigoríficos a encurtarem escalas no início da semana à espera de reação; oferta melhora devagar

Publicado em 01/11/2017 14:08
Confinamento desuniforme entre regiões vai apresentar mais oferta depois da segunda quinzena de novembro e logo mais a frente virá mais boi de pasto. Mercado futuro para dezembro já mostra tendência de pressão nos preços.

Douglas Coelho, da Radar Investimentos, destaca que a semana é mais curta para o mercado do boi gordo em função do feriado. Contudo, o principal destaca é a venda de carne, já que o consumo interno continua lento e as cotações da carcaça seguem estáveis, por volta de R$9,00/kg.

Em São Paulo, as indústrias mantêm o preço de compra entre R$140/@ a R$141/@ para descontar o Funrural, o que resulta em um preço final de R$137/@ a R$138/@ para os produtores.

O consumo lento, entretanto, já veio dos meses anteriores. Agora, a nova crise do JBS trouxe impacto na ponta da comercialização do boi, que ficou mais travada ao final de outubro. As escalas giraram em torno de 4,5 dias úteis no estado.

Para a próxima semana, além das vendas de carne, fatores relacionados à dinâmica das chuvas também farão influência sobre o mercado. Todavia, a demanda macro não tem espaço para melhora - com exceção das exportações, que passam por um segundo semestre positivo e vendas acima de 100 mil toneladas.

Durante os meses de novembro e dezembro, as chuvas abaixo da média poderiam dificultar a saída precoce de animais. Este cenário faz com que seja necessária cautela no mapeamento de preços de animais, além da tendência para os próximos dias.

Por: Giovanni Lorenzon e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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