Exportações e clima melhoram @ do boi em março, mês que há dois anos registra queda sobre fevereiro

Publicado em 06/03/2019 15:16
A alta, se consolidada, também seria modesta, mas os dois últimos marços também mostram perda de força das baixas. Ainda ficaria mais de R$ 30 menor que em março de 2015. Clima encurtando a oferta, apesar da volta das chuvas, e exportações, dão o tom. Cautela é recomendada ao produtor, tanto quanto o "seguro" através da PUT.
Mariane Crespolini - Pesquisadora e Produtora

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Entrevista com Mariane Crespolini - Pesquisadora e Produtora sobre o boi em Março

 

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No mercado do boi gordo, o mês de março é marcado por um período de baixa nas cotações, tendo em vista que nos últimos dois anos as referências registraram quedas menores por conta do aumento acentuado de abate de fêmeas de descarte e a expansão das novilhas. Para este ano, o recuo será menor pelo o volume recorde nas exportações.     

Com base em dados históricos desde 1997, o preço da arroba de boi em março tende a cair se comparado com as cotações de fevereiro. “Em 60% dos anos, o período é marcado por um aumento de boi gordo como a disponibilidade de fêmeas de descarte em que o mercado fica mais baixista”, destaca a pesquisadora e produtora, Mariane Crespolini.

A expectativa é que esse cenário não venha acontecer novamente neste ano em virtude do volume recorde exportado de carne e os fatores climáticos favoráveis. “É importante analisar essas probabilidades desse gráfico para que o produtor rural tenha cautela no momento de negociar o gado”, afirma.

A pesquisadora ressalta que a oferta será muito mais determinante nos preços da arroba do que a demanda. “Porém, as pessoas estão esperando que com a mudança de governo o consumo de carne deslanche e isso acaba sendo uma ilusão. O consumo está com uma lenta retomada e não tem como esperar muito de um país que estava em recessão”, comenta.

No último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação das novilhas e fêmeas no mercado está entre 45% a 47%, na qual as novilhas representam 25% do total dos abates. “Apesar de o consumo geral estar lento, há uma procura maior por carnes Premium. O que até então era nicho está se tornando algo mais consolidado”, diz a pesquisadora.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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