Uruguai já importa carne e agora quer gado vivo para abate e recria, mas 'estranhamente' BR demora a liberar

Publicado em 10/06/2019 10:57
A demanda chinesa enxuga a oferta uruguaia, que exporta 70% para lá. Se há mercado querendo, que é quem decide pela quarentena, por que o Brasil ainda não atendeu o Ministério de Ganaderia do país, segundo o presidente da Farsul. Todo alinhamento favorece o RS: tipo de boi (hereford e angus) e status sanitário. Naturalmente que isso tirará o conforto dos frigoríficos do estado, principalmente na primavera quando aumenta a oferta de boi.
Gedeão Silveira Pereira - Presidente da Farsul

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Entrevista com Gedeão Silveira Pereira - Presidente da Farsul sobre a Exportação de gado vivo

 

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Com a forte demanda da China por carnes, o Uruguai está exportando cerca de 70% da produção de carne bovina para o país asiático. Com isso, o Uruguai está precisando cada vez mais de animais e a solução está no estado do Rio Grande do Sul que pode fornecer gado vivo para o abate de recria.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), Gedeão Silveira Pereira, a exportação está enxugando a maior parte da produção do Uruguai e o país está importando carne do Brasil para atender a demanda local. “O frigorífico Silva que está exportando vários containeres por semana para o mercado uruguaio”, afirma.

No entanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) está demorando em autorizar a exportação para o Uruguai. “Em termo de status sanitários, nós estamos exatamente iguais e estamos aguardando que o ministério trate de liberar esse assunto para que o Brasil possa exportar gado em pé para o Uruguai”, comenta.

A liderança salienta que as federações e associações acreditam que é preciso ter a liberdade de mercado. “O agronegócio brasileiro como um todo vem crescendo e vai continuar aumentando, na qual precisamos buscar mais mercados lá fora para todos os nossos produtos e exportar gado em pé para o Uruguai é uma oportunidade”, relata.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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