Oferta restrita de animais em MS esbarra em demanda fraca por carnes e evolução dos preços da arroba no estado ainda é lenta

Publicado em 13/09/2019 12:39
Pastagem seca e a consequente redução de oferta, China comprando de frigoríficos do estado e maior demanda com festas de final de ano ampliam perspectivas de melhora dos preços da arroba
Frederico Stella - Diretor da Famasul

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Mercado do Boi Gordo - Entrevista com Frederico Stella - Diretor da Famasul

 

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No estado do Mato Grosso do Sul, os pecuaristas acreditam em uma tendência de alta nos preços da arroba nos próximos meses em função da estiagem e da falta de oferta de animais de pasto. No entanto, a demanda fraca tem impedido o avanço nas cotações nos últimos dias.

De acordo com o Diretor da Famasul, Frederico Stella, o estado registrou uma melhora dos preços, mas não foi motivada pela a habilitação de frigoríficos para exportar para a China. “No Mato Grosso do Sul foram habilitadas duas plantas frigoríficas de pequeno porte, porém isso é o começo com uma ótima notícia”, afirma.

A liderança destaca ainda que as referências estão subindo ao redor R$ 1,00/@ por semana com os valores atuais próximos de R$ 149,00/@. “Eu acredito que a alta verificada nestes dias continua sendo a estiagem severa que nós estamos sofrendo aqui e os animais de pasto já acabaram bastante tempo”, comenta.

A expectativa é que a oferta de animais no pasto comece a ter só a partir de dezembro após o retorno das chuvas. Os produtores rurais conseguiram comprar milho mais em conta do que nos anos anteriores. “Não compramos um cereal barato, mas uns preços mais baixos e a partir da evolução dos preços podemos ter um segundo giro do confinamento um pouco maior”, ressalta.

Na localidade, as escalas de abate estão diferentes em frigoríficos de porte pequeno e das indústrias maiores. “As grandes empresas estão com escalas um pouco melhor próxima de uma semana, mas todos estão com programações curtas e os pequenos têm necessidade imediata de compra com três a quatro dias úteis”, reforça.  

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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