Mercado calmo para os negócios com o boi em São Paulo está na contramão do que acontece em outras praças pelo Brasil

Publicado em 07/01/2020 12:53
Escalas de abate estão curtas e pecuaristas seguem fora das vendas
Douglas Coelho - Sócio da Radar Investimentos

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Entrevista com Douglas Coelho - Sócio da Radar Investimentos sobre o Mercado do Boi Gordo

 

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No estado do São Paulo, o mercado físico do boi gordo está registrando poucos negócios e as indústrias frigoríficas estão com as programações de abate bem estreitas. Após as festividades, os pecuaristas não retomaram as atividades e os preços balcão giram ao redor de R$ 200,00/@.

De acordo com o Sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, tem indústrias que precisam de animais para a próxima quinta-feira (09). “De uma maneira geral, as programações de abate estão em um patamar relativamente baixo, 2,65x dias úteis. As indústrias não estão conseguindo fechar negócios em virtude dos produtores estarem fora do mercado”, comenta.

Por mais que a oferta de animais está restrita não tem espaço para altas expressivas da arroba, visto que o início do mês é marcado baixo consumo da população. No entanto, as cotações registraram aumento em algumas praças como no triângulo mineiro, Mato Grosso do Sul e Goiás.

“Estamos tentando entender o diferencial de base ainda, tendo em vista que todas as praças tiveram recuperações relevantes e só São Paulo que foi ao contrário. Boa parte disso é reflexo do número de negócios reduzidos neste início do ano”, relata.

Do lado da demanda externa, o volume exportado de carne bovina in natura ficou em 148,8 mil toneladas no mês de dezembro. “A quantidade embarcada foi relevante para o período do ano e ficou acima das expectativas de mercado. O preço médio em dólares e real tiveram um aumento de 3,9% se comparado com o mês de novembro”, aponta Coelho.

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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